Confiança dos pequenos empreendedores tem queda em MG

O segundo semestre começou com ligeira queda na confiança dos empresários mineiros, segundo a pesquisa Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon), feita pelo Sebrae Minas no mês de julho. No sétimo mês de 2023, o indicador recuou três pontos em relação a junho e ficou em 110 pontos.

Apesar do recuo, a analista do Sebrae Minas Tábata Moreira afirma que o resultado não é preocupante e não significa tendência. “Foi pontual e, ainda assim, o índice foi um dos maiores de 2023, ao lado do que foi registrado em janeiro e fevereiro”, observa. 

O Iscon expressa a tendência para o nível de atividade, levando em conta o passado recente (últimos três meses) e o futuro próximo (próximos três meses).

O índice de confiança maior que 100 indica tendência de expansão da atividade; igual a 100, mostra a tendência de estabilidade da atividade; menor que 100, de retração. O estudo ouviu 1.109 empreendedores entre 1º e 18 de julho.

A analista destaca que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, ficou em 0,12% em julho deste ano, o que pode ter se refletido na confiança dos empresários, que sentem diretamente os efeitos no aumento de preços de produtos e serviços. 

Naquele mês, a taxa ficou acima das observadas em junho (-0,08%) e em julho de 2022 (-0,68%), segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar da elevação da inflação em julho, Tábata Moreira ressalta que o ambiente econômico continua favorável aos pequenos negócios à medida em que o desemprego apresenta queda e o Estado vem atraindo investimentos importantes em todos os setores.

Conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o saldo de empregos formais em Minas Gerais permaneceu positivo em julho. No sétimo mês de 2023, foi registrado um superavit de 12.353 vagas com carteira assinada, indicando o sexto resultado favorável consecutivo. 

Divisão

O índice do Sebrae Minas é composto pelo Índice de Situação Recente (ISR) e o Índice de Situação Esperada (ISE).

O Índice de Situação Recente (ISR), que reflete a percepção dos empreendedores sobre suas atividades nos últimos três meses, foi de 81 pontos, um ponto abaixo do registrado em junho.

E o Índice de Situação Esperada (ISE), que reflete as perspectivas dos empreendedores em relação ao trimestre seguinte, ficou em 125 pontos, quatro pontos abaixo do registrado no mês anterior.

Iscon por setor

De acordo com o levantamento, a confiança em todos os setores reduziu relativamente quando comparado ao mês anterior. O comércio (111), a construção civil (110) e o setor de serviços (110) obtiveram os melhores resultados, seguidos pela Indústria (108).

O Iscon também mostrou retração quando são analisados os dados por porte de empresa. A confiança dos microempreendedores individuais (MEI) contraiu quatro pontos no comparativo com o levantamento feito no mês anterior, passando de 115 pontos para para 111 pontos.

A microempresa (ME) obteve 110 pontos, quatro a menos que o último índice. E as empresas de pequeno porte (EPP) tiveram redução de três pontos na confiança, chegando aos 103 pontos.