Confiança dos pequenos negócios estabiliza, aponta Sebrae

O Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon) de Minas Gerais permaneceu estável em janeiro na comparação com dezembro e manteve-se com 110 pontos.

O presidente do Conselho Deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), Marcelo de Souza e Silva, aponta para a incerteza quanto às estratégias que serão adotadas pelo governo federal para incentivar a economia neste ano.

“São fatores que podem ter, em maior ou menor medida, influenciado a confiança dos empresários no mês de referência”, avalia Souza e Silva.

As evidências registradas da atividade econômica no cenário nacional atestam a desaceleração da economia, diz o presidente da entidade: “O consumo das famílias mostra-se moderado, em função do ajuste do salário mínimo, de benefícios sociais e do mercado de trabalho, que segue aquecido e com aceleração nos rendimentos reais”.

De acordo com a pesquisa, o resultado se manteve estável pela subida do Índice de Situação Esperada (ISE) e forte queda no Índice de Situação Recente (ISR). O ISE subiu três pontos na comparação com dezembro (120). O indicador, que reflete as expectativas dos empreendedores mineiros em relação ao trimestre seguinte, marcou 123 pontos no primeiro mês de 2024.

Já o ISR, que reflete a percepção dos empreendedores sobre suas atividades nos últimos três meses, fechou janeiro com 83 pontos. O resultado representa queda de sete pontos frente ao mês anterior, quando o indicador marcou 90 pontos.

Sebrae mostra confiança por setor e porte das empresas

O Sebrae Minas revelou que a Construção Civil, com 117 pontos, apresentou leve aumento no índice de confiança em dezembro, com dois pontos a mais na comparação com o mês anterior (115). O Comércio subiu dois pontos (de 100 para 102) e a Indústria aumentou consideravelmente, com alta de nove pontos, e registrou 112 pontos em janeiro.

Por outro lado, a confiança dos pequenos negócios que atuam no setor de Serviços apresentou recuo significativo de seis pontos em janeiro na comparação com dezembro: encerrou o período com 113 pontos.

Já na divisão por porte das empresas, o destaque positivo foi o grupo das microempresas (ME), que marcou 115 pontos – um crescimento de cinco pontos na confiança comparada com o mês anterior (110).

Por outro lado, a confiança dos microempreendedores individuais (MEIs) retraiu quatro pontos e encerrou o primeiro mês do ano com 109 pontos. As empresas de pequeno porte (EPP) tiveram aumento de um ponto na confiança e chegaram aos 102 pontos.