Confiança dos pequenos negócios fica estável em MG

O Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon) atingiu 118 pontos, ficando estável em outubro na comparação com setembro. Os dados foram divulgados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas). No período, o setor industrial foi o mais otimista.
A analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Paola La Guardia, explica que a confiança dos empreendedores nos pequenos negócios seguiu a tendência de estabilidade dos últimos três meses. “Os indicadores estavam em uma crescente até julho. A partir de agosto, o otimismo do empresário começou a cair devido ao aumento da taxa básica de juros, inflação e incertezas na economia e política. Isso resultou em uma estabilidade no mês de outubro”.
O setor da indústria foi o único que apresentou crescimento no Iscon em outubro, de acordo com o Sebrae, atingindo 123 pontos, oito a mais em relação ao mês anterior. A melhora foi influenciada pelas expectativas dos empresários com o cenário de curto prazo, indicado pelo Índice de Situação Esperada (ISE), que mede as expectativas para os próximos três meses.
“O ISE da Indústria cresceu 11 pontos, e somente esse setor apresentou aumento nesse subíndice. Os pequenos negócios do setor sinalizam estar um pouco mais confiantes no possível aumento das vendas de fim de ano”, esclarece La Guardia.
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Em segundo lugar no nível de confiança ficou o comércio, com 119 pontos, seguido pela Construção Civil (116) e Serviços (115). “O nível de confiança da Construção Civil ficou cinco pontos abaixo da registrada em setembro, resultado puxado pela queda brusca nas expectativas de curto prazo, com o ISE despencando 11 pontos”, acrescenta a analista.
La Guardia pontua que, apesar dos bons resultados da indústria, a taxa básica juros (Selic) elevada, o estrangulamento dos insumos, a alta da inflação e a crise hídrica são alguns dos fatores que seguram o crescimento para setores como a construção civil, que teve queda significativa no setor imobiliário.
Já os setores de serviços e comércio também elevaram a confiança. “Apesar da baixa do consumo das famílias, os empresários estão confiantes com as principais datas para o varejo como a Black Friday e o Natal.
MEIs estão menos confiantes
As Empresas de Pequeno Porte registraram um Iscon quatro pontos acima do resultado de setembro, variando de 127 para 131 pontos. As Microempresas (ME) seguiram com o mesmo patamar de confiança em relação ao mês anterior (124 pontos) e os Microempreendedores Individuais (MEIs) registraram uma leve queda no Iscon quando comparado a setembro (de 112 para 111).
Icec tem queda em novembro
Rio de Janeiro – O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 1,3% em novembro na comparação com outubro. Essa é a terceira queda consecutiva do indicador, divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, apesar do aumento da circulação de pessoas nas ruas em relação ao início da pandemia de Covid-19, a confiança apresentou queda no último trimestre. Segundo ele, isso mostra que a conjuntura econômica tem afetado a confiança empresarial.
“Os dados indicam que, apesar de fundamental, o avanço da vacinação já não tem sido mais suficiente para injetar ânimo no comércio. Será preciso que a situação da economia melhore para a recuperação acontecer”, disse ele.
Acumulado – Apesar das três quedas, a confiança do empresário acumula alta de 9,7% no ano. Na comparação com novembro de 2020, a expansão chegou a 10,2%.
Na comparação com outubro deste ano, a principal queda ocorreu na avaliação sobre as condições atuais (-4,1%), principalmente devido ao recuo na confiança sobre o momento atual da economia (-8,4%). As expectativas também caíram, mas de forma mais moderada (-0,7%).
As intenções de investimentos subiram 0,5% no período, alta puxada pelo aumento de 2,4% na intenção de investir na empresa. (ABr)
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