Confiança recua entre MPEs

O nível de confiança dos empresários de pequenos negócios em Minas Gerais caiu em setembro, de acordo com a pesquisa Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon). Conforme informações da pesquisa, o índice ficou em 118 pontos, cinco abaixo do resultado de agosto, mas ainda acima do limite de confiança de 100 pontos.
O menor índice de confiança em setembro foi registrado entre os Microempreendedores Individuais (MEI), com 112 pontos, oito a menos em relação ao mês anterior. As empresas de pequeno porte (EPP) e as microempresas (ME) apresentaram queda nos níveis de confiança de cinco e um ponto, respectivamente.
Analista de inteligência do Sebrae Minas, Bárbara Castro explica que a incerteza política e econômica influenciaram a queda no índice de confiança dos empresários. “A queda na confiança está relacionada às incertezas no horizonte econômico para as pequenas empresas, e, sobretudo, com os efeitos da inflação e da velocidade da retomada do consumo”.
Castro avalia que outro fator negativo é a tendência de elevação da inflação como divulgado ontem na prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mostrando elevação de 1,17% para a Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Isso mostra que afetará a condição de consumo, e, principalmente, a indústria que sente com o custo da matéria-prima e também a compromete com a produção”.
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O aumento do custo da energia e de matérias-primas essenciais à produção impactou em cheio os pequenos negócios da indústria, que estão bem menos confiantes em relação às suas atividades. Em setembro, o índice de confiança dos negócios do setor foi de 115 pontos, 10 a menos do que o registrado em agosto. “O próprio ritmo da retomada econômica, a dificuldade enfrentada, a pressão do aumento da energia elétrica, a dificuldade de aquisição da matéria-prima para a indústria, a retomada do consumo, porém a instabilidade financeira da população acabou ocasionando um recuo na confiança do empresariado”, pontua a analista de inteligência do Sebrae Minas.
Para os próximos meses, a expectativa é a de que a condição da macroeconomia tenha uma melhora. “Esperamos o que o Comitê de Política Monetária irá fazer para combater essa subida da inflação e com isso motivar as compras para o fim do ano. Com isso, teremos o índice de confiança do empresariado a crescer”, pontua Bárbara Castro.
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