Economia

Confiança no setor de serviços do Brasil sobe em setembro após três quedas seguidas, diz FGV

O Índice de Confiança de Serviços registrou alta de 1,9 ponto em setembro, para 89,0 pontos
Confiança no setor de serviços do Brasil sobe em setembro após três quedas seguidas, diz FGV
Garçom | Foto: Sergio MoraesReuters

A confiança do setor de serviços do Brasil interrompeu uma sequência de três meses de queda e subiu em setembro, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas nesta segunda-feira.

O Índice de Confiança de Serviços registrou alta de 1,9 ponto em setembro, para 89,0 pontos, mostraram os dados da FGV, alicerçado pela elevação tanto nos indicadores sobre situação atual quanto no que trata de expectativas.

“Apesar da alta, o índice de confiança de serviços não altera a tendência de desaceleração observada ao longo do terceiro trimestre. Neste mês, notam-se alguns resultados positivos dentre os setores, sobretudo nos serviços prestados às famílias e de telecomunicações”, disse Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

“A melhora na percepção da situação atual compensa parte da queda dos últimos meses. Em relação ao futuro, a evolução pontual dos indicadores tem uma característica de compensação pelas quedas observadas em um passado recente. Esse resultado sugere que os empresários permanecem com um olhar mais pessimista para o fim do ano, seguindo em linha com a política monetária contracionista.”

O Índice de Situação Atual do setor de serviços registrou alta de 2,7 pontos, para 93,9 pontos, maior nível desde maio deste ano, quando o indicador alcançou 94,2 pontos.

Já o Índice de Expectativas subiu 1,1 ponto, para 84,2 pontos. Ambos indicadores voltaram a registrar altas após três meses seguidos de recuos, mostraram os dados da FGV.

“Apesar de alguma melhora nos indicadores sobre o presente, as expectativas dos empresários apontam para pessimismo do setor nos próximos meses. Eles ainda esperam desaceleração da atividade no futuro”, disse Pacini.

Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 15% ao ano e, na ata sobre a reunião em que a decisão foi tomada, afirmou que após avaliar os efeitos acumulados do choque de juros, entrou agora em um novo estágio da política monetária que prevê taxa Selic inalterada por longo período para buscar a meta de inflação.

(Conteúdo distribuído por Reuters)

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