Economia

Aos 60 anos, Líder Aviação fortalece a cultura da eficiência

Aos 60 anos, Líder Aviação fortalece a cultura da eficiência
Além da sede em Belo Horizonte, a Líder conta com 23 bases no Brasil e 1.200 funcionários - Rodrigo Oliveira/Divulgação

No ano em que completa seis décadas de atuação, a Líder Aviação, com sede em Belo Horizonte, vive momento de “otimismo contido”. A empresa, que é gerida sob uma lógica mais conservadora de fazer negócios, atravessou os últimos anos de crise no País sem sustos. Segundo o presidente, Eduardo Vaz, a gestão focou na manutenção de resultados com o fortalecimento do caixa e redução do endividamento. Agora, diante de uma possível reação do mercado, a expectativa é de retorno do crescimento, mas, ainda assim, sem planos de grandes investimentos.

O fundador da empresa, José Afonso Assumpção, explica que o conservadorismo nas decisões de negócios é uma herança de sua atuação. Foi assim que ele conduziu a Líder durante cerca de 30 anos antes de passar o bastão para o atual presidente, Eduardo Vaz.

“Chegamos aos 60 anos de companhia depois de muitos desafios. Passamos por todo tipo de governo, muitos planos econômicos, o período de 64 e, agora, essa crise econômica, que foi uma das piores. Tudo isso com uma administração conservadora e sem embarcar em aventuras”, afirma.

Além da sede em Belo Horizonte, a Líder conta com 23 bases no Brasil, frota de 62 aviões e helicópteros e 1.200 funcionários. O principal serviço prestado é o de táxi-aéreo: os aviões são utilizados por executivos de diferentes segmentos e os helicópteros são para atender, principalmente, o setor de óleo e gás. A empresa também oferece diversos serviços de atendimento aeroportuário, além de gerenciamento, manutenção e venda de aeronaves, sendo a representante exclusiva da Honda no Brasil.

Vaz afirma que os primeiros sinais de reação da economia geraram um otimismo na empresa, mesmo que seja ainda contido. Ele explica que ainda não é possível falar sobre expectativa de crescimento, uma vez que parte dos resultados depende da aprovação da Líder em licitações, principalmente nos serviços prestados à indústria de óleo e gás.

“O setor de aviação executiva é que conseguimos ter uma ideia melhor do que será. Já sentimos uma melhora este ano em relação ao ano passado e estou mais otimista. Ainda é cedo para ter grandes expectativas: temos um novo presidente no País e as medidas ainda vão ser anunciadas. De qualquer forma há um bom humor no mercado”, afirma. Ele explica que não há grandes investimentos previstos para 2019. A expectativa é de troca de uma ou duas aeronaves para renovação da frota.

O presidente afirma que tem muita sintonia com o fundador na forma de administrar. A rígida atenção aos custos e a cultura de eficiência, por exemplo, são alguns dos princípios que Vaz aprendeu com Assumpção. Por outro lado, o presidente destaca a necessidade de manter a empresa no caminho da inovação. “Não podemos achar que as mesmas soluções do passado serão sempre aplicadas aos desafios do presente e do futuro. Mantemos os valores sem saudosismo”, garante.

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