Economia

Construção civil aposta no programa MCMV

Construção civil aposta no programa MCMV
Crédito: Tomaz Silva / ABr

A retomada do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) deverá impulsionar a construção civil, principalmente de imóveis voltados às famílias de baixa renda, é o que analisa o presidente da Câmara da Indústria da Construção da Fiemg, Geraldo Jardim. Enquanto Renato Michel, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), destaca a importância dos subsídios governamentais na aquisição desses imóveis.

Jardim destaca que o atual governo deverá adotar medidas mais voltadas às questões sociais e, portanto, deve retornar com o programa Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, mas de forma mais sustentável economicamente. Ele diz que é necessário entender como irá funcionar esse novo modelo para que não comprometa os empreendimentos e as construtoras como ocorreu durante o governo de Dilma Rousseff.

Para as faixas acima de R$ 150 mil, as medidas devem se manter estáveis e perenes, segundo o presidente da Câmara da Indústria da Construção da Fiemg. Para ele, o governo federal priorizará o Faixa 1 e, com isso, retomar a movimentação no setor, principalmente nas cidades do interior de Minas. Um dos pontos positivos do programa Minha Casa Minha Vida, na visão de Jardim, é o ganho de tempo com incorporação e venda, além da geração de emprego e renda.

Michel, presidente do Sinduscon-MG, também ressalta a importância da retomada desse programa para os negócios do setor de construção civil. Ele lembra que o MCMV perdeu um pouco de força no governo passado, principalmente quanto à antiga Faixa 1, que atendia as famílias de baixa renda que precisavam de subsídios para conseguir comprar sua casa própria.

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O representante do Sinduscon ainda analisa que as expectativas para o setor em Minas Gerais, assim como no Brasil, neste ano são boas. Michel destaca que a construção civil está vivendo um período de ótimos resultados, com o ano de 2021 sendo o melhor da história, seguido por 2022 e 2020. “Tudo leva a crer que 2023 também será positivo”, aponta. 

Jardim tem opinião semelhante. Ele destaca o fato de que o mercado da construção civil em 2023 terá muitas obras e, consequentemente, gerará muitos empregos. Outra área que na visão dele deve apresentar uma movimentação intensa será a de obras industriais. Como o Estado possui uma política voltada para a atração de investimentos, isso influenciará na construção de obras de alto padrão como os galpões.

Quanto aos custos, Jardim explica que o comportamento dos preços dos materiais de commodities como o aço e cimento dependem do mercado internacional. Os produtos são “grandes puxadores” dos custos de produção no setor de construção civil. 

Para o presidente do Sinduscon-MG, os custos da construção devem continuar a subir, mas de forma mais controlada que anteriormente. Nos últimos três anos, Michel lembra que o preço do material subiu 75% e o custo geral cresceu 40%. Segundo ele, os materiais subiram mais de três vezes e o custo geral duas vezes, se comparados com a inflação no País.

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