Pesquisa revela otimismo dos consumidores de BH para o Natal e aponta tendências de compra
A maioria dos belo-horizontinos (64,3%) pretende comprar presentes para o Natal deste ano. Segundo a Pesquisa de Intenção de Consumo (Peic), 61,4% dos entrevistados estão otimistas com a chegada da data. Os familiares, namorados e cônjuges lideram a lista de presenteados: 89,8% dos consumidores de BH planejam comprar itens para esse grupo.
O levantamento, realizado pelo Núcleo de Estudos Econômicos e de Inteligência & Pesquisa da Fecomércio-MG, mostra que as roupas são a escolha preferida dos consumidores (38,6%). Na sequência aparecem brinquedos (12,4%), calçados (12,2%) e produtos de perfumaria (11,1%). A projeção é que cada pessoa compre, em média, quatro presentes neste Natal.
A pesquisa também revela que 42,1% dos consumidores pretendem fazer as compras na primeira quinzena de dezembro, enquanto 36,8% devem deixar para a véspera, na segunda quinzena. A grande maioria (74,4%) afirma pesquisar preços antes de comprar.
A economista da Fecomércio-MG, Gabriela Martins, avalia que o cenário é positivo para o comércio da Capital. Para ela, a confiança dos consumidores está ligada ao bom momento do mercado de trabalho e à circulação do 13º salário, tradicionalmente usado para as compras de fim de ano.
Por outro lado, ela lembra que o alto nível de endividamento das famílias exige cautela. “Por isso, promoções e condições de pagamento — como parcelamento no crédito e descontos para pagamento à vista — serão decisivos para estimular as vendas”, explica.
Formas de pagamentos

O Peic aponta que o cartão de crédito parcelado será a principal forma de pagamento (30,5%), seguido do Pix (25,9%) e do cartão de débito (21,1%). Já o dinheiro físico será usado por 13,5% dos entrevistados, e o cartão de crédito à vista por 9%.
Entre aqueles que utilizam o cartão de crédito, 46,7% fazem isso devido ao planejamento do pagamento, 27,6% dos usuários apontam o parcelamento maior e a praticidade e agilidade como fatores para usar o cartão. Além disso, 58,1% afirmam optar pelo pagamento à vista com o cartão de crédito, caso a loja ofereça descontos para esta modalidade.
As lojas de shoppings são as mais buscadas para as compras, com 35,3% dos entrevistados citando essa opção, seguido das lojas de rua (21,4%). Já o e-commerce aparece com 16,9% dos consumidores. Entre os que preferem comprar pela internet, 66,7% fazem isso pela comodidade e conveniência e 57,8% destacam os preços praticados no canal digital.
Outros 11,7% optam pelas lojas de bairro ou de vizinhança. Entre os integrantes deste grupo, 66,5% explicam que preferem essa opção devido à localização das operações e 35,5% citaram a questão envolvendo a comodidade e conveniência.
Outras formas de celebrar o Natal

Já entre os 30,3% dos entrevistados que não irão presentear alguém, o motivo mais citado foi a opção por comemorar a data de outra maneira (27,3%). Outros motivos mencionados na pesquisa foram: endividamento (22,7%), desemprego (14,7%) e não ter a quem presentear (12%). Além disso, 10,7% relatam estar muito cautelosos e 8% afirmam não ter este costume.
O estudo também destaca que 34,2% pretendem gastar menos neste Natal que no mesmo período do ano passado. Outros 33,5% planejam gastar o mesmo montante e 30,8% afirmam que irão gastar mais em 2025. A maioria (45,1%) dos respondentes comprará poucos produtos de menor valor, enquanto 35,7% pretendem adquirir poucos produtos de maior valor.
O gasto médio nesta edição da data comemorativa ficará entre R$ 300 e R$ 500. Entre os consumidores entrevistados na Capital, 88,7% planejam gastar de R$ 70,01 a R$ 5 mil neste Natal, sendo que 16,9% pretendem ficar na faixa de R$ 200,01 a R$ 300 e, 16,2%, de R$ 500,01 a R$ 1 mil.
Mais da metade (55,6%) dos respondentes destaca que a promoção é o principal fator para atrair o público nesse período. Os preços reduzidos foram citados por 31,1% dos consumidores, atendimento diferenciado por 11,9% e a variedade de marcas e produtos por 10,7%.
Por outro lado, os preços altos foram apontados por 54,1% dos belo-horizontinos como motivo para limitar os gastos neste ano, seguido pelo endividamento, com 12%. Já o mau atendimento e os preços altos estão no topo dos fatores que desestimulam as compras, com 32,8% do público cada. Outros 15,5% se sentem desmotivados com as lojas cheias e 9,6% pela baixa variedade de produtos.
Ouça a rádio de Minas