Consumidor brasileiro economiza para compras de fim de ano

A maior parte dos consumidores brasileiros (71%) economizou durante o ano para ir às compras em novembro e dezembro. E, apesar de 75% das pessoas se dizerem céticas em relação aos descontos desse período, 69% afirmam que acabam gastando mais do que o planejado. É o que revela uma pesquisa realizada pela Ernst & Young (EY).

Segundo o levantamento, 85% dos entrevistados indicam que acompanham as promoções e preços para se sentirem seguros de que estão fazendo um bom negócio e 84% responderam que esperam por esse período para fazer compras que não são urgentes ou prioritárias.

Os brasileiros da geração Z e Millenium estão dispostos a gastar mais que em 2023, priorizando eletrônicos e tecnologia (48%). Em contrapartida, as gerações X e Baby Boomers pretendem gastar o mesmo ou menos do que no ano anterior.

Ao analisar os principais canais de vendas dos brasileiros para as compras de fim de ano, as lojas físicas estão no topo da preferência (72%), seguido pelo varejo 100% on-line (62%) e pelos marketplaces on-lines (42%). Vale reforçar que existe variação de acordo com a localização geográfica, classe de renda, geração e itens de compra.

Veja os itens que os brasileiros pretendem comprar para si próprio

• roupas e acessórios (86%)
• comidas e bebidas (85%)
• produtos de beleza e cuidados pessoais (79%)

Já quando o presente é para outra pessoa, o top 3 tem apenas uma diferença: roupas e acessórios (68%), comidas e bebidas (68%) e experiências, como shows e jantares (58%).

Quais serão as medidas adotadas pelos consumidores para economizar no fim do ano

• evitar o desperdício de alimentos (89%)
• comprar menos itens de decoração festiva (51%)
• priorizar produtos produzidos no País (57%)
• planejar compras mais sustentáveis (60%)

Além disso, cerca de 70% dos brasileiros vão priorizar o same day e next day delivery, além de ter como fator determinante da compra a possibilidade de devolução e/ou troca sem custo.

Marcas próprias ajudam consumidores a economizar

O estudo chama atenção para o crescimento de marcas próprias no Brasil, com 59% dos consumidores priorizando as mesmas para economizar dinheiro. Destes, 62% afirmam que suas necessidades estão satisfeitas e 69% dizem que também estão satisfeitos com a qualidade e não pretendem retornar as marcas tradicionais. 

Essa predisposição dos brasileiros em consumirem marcas próprias varia por itens de compra: itens de cuidados domiciliares (67%), roupas, sapatos e acessórios (56%), cuidados pessoais (36%), alimentos embalados (35%), produtos de beleza e cosméticos (26%), bebidas não alcoólicas (27%) e o item mais baixo, que o brasileiro não pretende trocar por marcas próprias: bebidas alcoólicas (15%). Além da concorrência que as marcas estabelecidas sofrem com os produtos “réplicas” no Brasil.