Economia

Consumidores de BH preferem as lojas de bairro ou de vizinhança

Consumidores de BH preferem as lojas de bairro ou de vizinhança
10,9% das pessoas procuram por estabelecimentos de roupas, calçados e acessórios - CREDITO: CHARLES SILVA DUARTE

As lojas de bairro ou de vizinhança têm um forte apelo junto ao público belo-horizontino. Nada menos do que 87,2% dos consumidores frequentam esses estabelecimentos, de acordo com a pesquisa Escolha do Local de Compras, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG). O comércio do hipercentro, por sua vez, é uma alternativa para 56,4% das pessoas, seguido pelos shopping centers, com 51,3%.

Dentro desse perfil de empreendimento, os de produtos alimentícios lideram a procura dos consumidores (23,5%). Logo depois, vêm os estabelecimentos de roupas, calçados e acessórios (10,9%). Já quando se trata dos negócios localizados no hipercentro, 73,3% das pessoas procuram por artigos de vestuário.

Na classificação do público por idade, aqueles que têm mais de 45 anos são os que mais marcam presença no comércio de bairro. Já os consumidores que têm até 44 anos são maioria no hipercentro.

O economista-chefe da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, frisa que as pessoas buscam não somente preço, mas também comodidade – isso explica, acrescenta ele, inclusive, os bons números que o e-commerce tem registrado. “Trata-se de uma tendência mundial”, ressalta.

Além disso, nas grandes capitais, como Belo Horizonte, o conforto de adquirir produtos perto de casa também pode gerar mais economia, de tempo e dinheiro. Almeida lembra que a questão da mobilidade urbana influencia os números relacionados ao comércio distante do hipercentro.

“Existem os custos para deslocamento, como o de combustível e o de passagem, por exemplo. Nessa questão, os estabelecimentos próximos aos consumidores, nos bairros, oferecem vantagem também”, diz.

Benefícios – Almeida salienta que a movimentação dos comércios de vizinhança é bastante significativa em termos econômicos.

“Isso leva ao desenvolvimento das regionais. Os estabelecimentos pulverizados são vantajosos, pois não há a concentração de riqueza em um lugar e carência em outro, gerando emprego e renda para todas as localidades”, avalia.

Definição de compra – Quando se trata do maior influenciador para a definição do local de compra, o estudo mostra que o preço das mercadorias está em primeiro lugar, sendo a escolha de 81% dos belo-horizontinos. Já a qualidade do atendimento e a variedade dos produtos foram destacados por 78,9% e 74,3% dos consumidores, respectivamente.

Falando em atendimento, frisa Almeida, esse é, ainda, um dos pontos que contribuem para que as lojas de bairro sejam mais frequentadas.

“Nesses empreendimentos, o atendimento costuma ser mais próximo, e as pessoas tornam-se conhecidas uma das outras. É algo mais pessoal. Isso torna os estabelecimentos mais atrativos”, analisa.

Outro influenciador para a escolha do local de compra é o estacionamento, apontado por 50,2% dos consumidores. A relevância desse item também está presente na pesquisa Mobilidade Urbana, elaborada pela Fecomércio MG. Para 61,3% das pessoas, o fato de o estabelecimento ter estacionamento próprio é um diferencial.

Dados – A pesquisa Escolha do Local de Compras foi apurada entre o fim do primeiro semestre e início do segundo. O estudo foi feito com 288 consumidores, de todas as regionais de Belo Horizonte (Barreiro, Centro-Sul, Leste, Oeste, Nordeste, Noroeste, Norte, Pampulha e Venda Nova). A margem de erro da análise é de 5,0 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 90%.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas