Consumo consciente deve ser compromisso dos empresários no Natal

O Natal é uma data comercial importante e este ano deve levar cerca de 132 milhões de consumidores às compras no país. É o que aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, CNDL, e pelo Serviço de Proteção ao Crédito, SPC.

De acordo com o levantamento, dos consumidores que presentearam no Natal de 2022, 37% pretendem gastar mais nas compras de presentes este ano e o montante total deve chegar em R$ 74,6 bilhões na economia.

Apesar de ser relevante para o varejo, especialistas defendem a educação para o consumo consciente como chave para a longevidade nos negócios.

“A Nova Economia espera consumidores e empresas responsáveis com seus hábitos de compra porque a natureza não suporta mais o perfil de consumo irracional. Por isso, serão bem-sucedidas e longevas as empresas que tiverem em seu DNA essa consciência. Para mudarmos a colheita à frente, precisamos mudar o plantio hoje” reforça Denise Baumgratz, economista e líder do Capitalismo Consciente em Belo Horizonte.

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Tomando como partida a reflexão da especialista e dos desafios de um consumo consciente em dezembro, a matéria do Dia do Idealista de hoje, 12/12, vai trazer exemplos de empresários que cultivam o consumo responsável em seus negócios.

A Casa Fazer é um exemplo de buffet comprometido com o consumo consciente. Criado em Belo Horizonte há quatro anos, oferecem os serviços para festas e também trabalham com encomendas e cestas de presentes. Segundo Raisa Baeta, a empresa se pauta no cuidado para evitar excessos, trabalhando no mercado de eventos com qualidade dos produtos, quantidade adequada e realização com afeto na experiência.

“Para nós, a compra deve ser na medida. Nem sobrar, nem faltar. Por isso, nossos cardápios são personalizáveis, os itens podem ser comprados individualmente para que as pessoas não sejam induzidas a comprar mais que precisam e haja desperdício. Trabalhamos com o encaminhamento responsável das sobras para os clientes em embalagens apropriadas e não deixamos nada estragar. No Natal, por exemplo, pensamos em ceias deliciosas, fartas e sem perdas. O alimento é um bem precioso no mundo e ainda há pessoas que passam fome”.

Já a empresária mineira Bhárbara Renault, criadora da marca Jardin, a indústria da moda tem um passivo ambiental que precisa ser reduzido por todos os envolvidos na cadeia. Para ela, criar peças sustentáveis, atemporais e artesanais produzidas com mão-de-obra local e em tecidos ou fibras vegetais sustentáveis é uma proposta de negócio que favorece o mundo, o capitalismo consciente e tem a ver com seu ideal de vida. Renault prima em estilo sem perder de vista as ações sustentáveis de sua empresa.

“Além do conforto físico, levar a ideia de cuidar do mundo respeitando a natureza e as pessoas é um dos presentes da moda. Eu sempre fui defensora da produção e do consumo consciente. As peças da Jardin são projetadas com amor e cuidado, desenvolvidas internamente em nosso estúdio e produzidas aqui em BH através de uma rede direta de colaboradores. O cuidado está presente desde a escolha da matéria prima utilizada, até o que é feito com os resíduos da produção.”

Formação e venda colaborativa de produtos

Vender produtos não é o foco da Sair do Casulo, negócio social especializada em consultoria, conteúdo, palestras, cursos e projetos, um deles voltado ao consumo consciente.  Porém, para Luana Ferreira, empreendedora, o exercício da compra e venda responsáveis é parterelevante do propósito educativo da empresa e dos cursos oferecidos. E isso demandou a criação de uma rede colaborativa para venda de produtos feitos por diversos negócios sociais e mulheres, abrigado na loja online da empresa.

“Tenho a missão de provocar um mundo mais equilibrado e melhor – para essa geração e para as próximas. Percebi a educação para o consumo por meio de redes colaborativas é uma iniciativa que vai além dos lucros gerados. Quero multiplicar a proposta para abrir campo para inciativas similares e, com isso, fomentar melhores hábitos de compras. E isso precisa ser feito nos cursos e também na construção de caminhos práticos para a promoção do consumo equilibrado.”

Capitalismo Consciente

O Dia do Idealista é uma iniciativa do Movimento Minas 2032 – Pela Transformação Global – MM2032, criado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO e Instituto Orior para fomentar a Agenda 2030 – em parceria com o Idealist.org e a Federação Mineira de Fundações e Associações de Direito Privado (Fundamig).

A proposta do DIÁRIO DO COMÉRCIO é fomentar conteúdos que provoquem ações alinhadas os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, fomentado pelo MM2032. O jornal defende o Capitalismo Consciente que também faz parte do movimento em Minas. Para Adriana Muls, presidente do DC e coordenadora do movimento defende que é necessária uma revisão na perspectiva dos negócios com viés de educação para o consumo.

“Os empresários devem pautar seus negócios numa estrutura inteligente que esteja alinhada com realidade do mundo. Não cabe exagero em cenário de fome, desequilíbrio ambiental e desigualdade social. É inviável e demodê”

A promoção da educação para o consumo está em consonância com 5 ODS: 3,8,10,16 e 17. E colaboram para que alcancemos a meta da Organização das Nações Unidas por um mundo mais sustentável de economias mais justas e longevas na Terra.

Hoje você conheceu uma empresa de treinamento em consumo consciente, qualificação e oportunidade em rede para produtos de negócios sociais, além de marcas que favorecer o consumo consciente.

Este conteúdo pode ajudar a você a iniciar sua jornada responsável neste natal com os presentes e também em prol de 2024 menos consumista.

Clique no botão de agir, veja opções de presentes solidários para aqueles que desejem colaborar com campanhas de natal em instituições, conheça cursos e promova um mundo melhor!