Consumo de energia elétrica em Minas Gerais avança 1% em outubro, segundo CCEE

O consumo de energia elétrica em Minas Gerais desacelerou e cresceu 1% em outubro, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Essa é a oitava alta consecutiva. Já no País, o consumo de energia cresceu 2,1% no mês.
O consumo mineiro no mês alcançou pouco mais de 8 mil megawatts médios (MWm). Mais da metade (54,3%) da eletricidade consumida no Estado foi comercializada no Ambiente de Contratação Livre (ACL) e o restante (45,7%) no Ambiente de Contratação Regulado (ACR).
Quase 60% da energia elétrica consumida no ACL em Minas Gerais é destinada para a indústria metalúrgica (36%) e de extração de minerais metálicos (20,4%). Os dois setores são os maiores consumidores do Estado.
Nesse ambiente de comercialização, o setor de transportes lidera o crescimento no Estado, com alta de 77% ao longo do ano, seguido pelo setor de saneamento e de serviços, que registraram aumentos de, respectivamente, 51% e 22% no uso de energia elétrica.
Atualmente, o setor de transporte é responsável por apenas 0,2% no consumo de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre em Minas Gerais, enquanto as empresas de saneamento usam 1,7% da eletricidade comercializada no mercado livre mineiro. Já o setor de serviços utiliza 2,9% da energia vendida em Minas no ACL.
Consumo de energia em Minas Gerais cresceu 4% no ano
Ao todo, nos primeiros dez meses deste ano, o consumo de eletricidade em Minas Gerais aumentou 4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O crescimento do consumo estadual é próximo à média nacional, mas abaixo dos outros estados da região Sudeste. De janeiro a outubro de 2024, o consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 4,2%, quando comparado com janeiro a outubro de 2023. Neste período, o uso de eletricidade aumentou 10% no Espírito Santo e 6% em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Temperatura impulsiona a demanda no Brasil
A maior demanda por eletricidade no País é resultado de temperaturas acima da média nas regiões Norte, Sul, Sudeste e em uma parte do Nordeste, combinadas com a boa performance do mercado livre, segundo a CCEE. Por outro lado, a Câmara observou menor consumo de energia elétrica principalmente na região central do Brasil e em parte do Norte, influenciado por um baixo volume de chuvas e temperaturas mais amenas.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica aponta ainda que, entre os 15 setores da economia brasileira acompanhados no levantamento da entidade, a indústria automotiva foi a que mais ampliou seu consumo de energia em outubro, com alta de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em seguida, aparecem as atividades de manufaturados diversos (9,2%) e saneamento (7,2%).
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