Economia

Intenção de consumo das famílias em Belo Horizonte tem tendência de queda

Segundo a Fecomércio MG, indicador está desacelerando pelo segundo mês consecutivo, após ter quebrado o ritmo de avanço
Intenção de consumo das famílias em Belo Horizonte tem tendência de queda
No que tange à intenção de consumo das famílias de BH, foi registrada uma queda | Crédito: Adobe Stock/Mercado Central BH

Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), analisada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais, Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais (Fecomércio MG), revelou que a confiança do consumidor de Belo Horizonte permanece no nível de insatisfação e tem tendência de queda. Segundo a entidade, foi apurada uma redução de 0,6 ponto no indicador, chegando a 97,4 em outubro.

Na análise, o índice que verifica o grau de satisfação das famílias com o emprego atual alcançou 124,5 pontos, 0,5 ponto inferior ao mês anterior, mas 8,4 pontos maior em comparação ao mesmo período do ano passado. Cerca de 37,8% das famílias belo-horizontinas se sentem seguras em relação ao emprego atual, em comparação com o ano anterior.

“O indicador está desacelerando pelo segundo mês consecutivo, após ter quebrado o ritmo de avanço observado entre abril de 2022 e agosto de 2023”, analisa o economista Gilson Machado, da Fecomércio MG. Segundo ele, é importante notar que, mesmo após dois meses consecutivos de desaceleração no indicador de intenção de consumo das famílias, o atual momento é positivo.

“Estamos em um ambiente econômico mais favorável, com uma taxa de desemprego de 7,4% na capital mineira, inflação dentro da meta, uma tendência de desaceleração na taxa básica de juros e um maior poder de compra para as famílias”, pontua o especialista.

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Expectativas x renda do lar

No que diz respeito à perspectiva profissional, que reflete a expectativa do consumidor em relação à renda familiar nos próximos seis meses, o valor registrado em outubro foi de 135,2 pontos, 1,0 ponto inferior à análise anterior, porém 37,4 pontos superior ao mesmo período do ano passado. Aproximadamente 65,1% dos entrevistados acreditam que haverá alguma melhora profissional no próximo semestre.

Ao comparar a renda atual com a do mesmo período de 2022, 33,9% dos entrevistados afirmam que sua situação financeira está melhor. O índice de renda da ICF em outubro foi de 110,5 pontos, indicando um nível de satisfação, mas foi 3,3 pontos inferior à análise anterior e 16,2 pontos superior ao mesmo período de 2022.

Famílias estão comprando menos

No que tange à intenção de consumo das famílias de BH, foi registrada queda. O índice de acesso ao crédito da ICF apresentou redução na última análise, embora o resultado de outubro supere o índice de 2022 em 5,1 pontos. Para 43,9% dos consumidores, está mais difícil conseguir comprar a prazo agora em comparação com o ano passado.

Além disso, constatou-se que as famílias belo-horizontinas estão comprando menos em relação a outubro do ano anterior. O índice de nível de consumo atual, no entanto, é de 80,5 pontos, 0,6 ponto inferior à análise anterior, mas 21,9 pontos acima do obtido no mesmo período do ano passado. Cerca de 46,5% dos entrevistados afirmam que a família está comprando menos atualmente em comparação com 2022, enquanto 27,0% dizem estar comprando mais.

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