Economia

Consumo nos lares brasileiros sobe 2,62% em 2023

Estimativa da Abras é de que o indicador encerre o ano com alta de 2,5%; já o preço médio da cesta de produtos Abrasmercado recuou 1,72% em setembro
Consumo nos lares brasileiros sobe 2,62% em 2023
Valor da cesta de produtos básicos cai 1,93% em 2023 | Crédito: Valter Campanato / Agência Brasil

O Consumo nos Lares Brasileiros acumula alta de 2,62% entre os meses de janeiro e setembro deste ano. A projeção da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) é de que o indicador encerre 2023 com crescimento de 2,5%. De acordo com dados da entidade, o consumo avançou 0,8% no último mês, frente a agosto, e 1,1% na comparação com setembro de 2022.

O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados e os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, aponta para um firme desempenho do consumo nos lares do Brasil e acredita que a tendência é de que esse ritmo se mantenha até o final do ano. “Há de se recordar que foram injetados cerca de R$ 41,2 bilhões na economia com a PEC dos Benefícios no ano anterior, que impulsionou o consumo no segundo semestre. Neste ano, os recursos escalonados e mais previsíveis movimentam a economia e sustentam o consumo no domicílio, assim como as quedas consecutivas nos preços dos alimentos”, analisa.

Dentre os principais recursos injetados na economia em setembro estão os R$ 14,58 bilhões do programa Bolsa Família, os R$ 2,3 bilhões em pagamentos de Requisições de Pequeno Valor (INSS) e R$ 2 bilhões do quinto lote de Restituição do Imposto de Renda. Além disso, no final de agosto, o Governo Federal repassou cerca de R$ 7,3 bilhões aos estados e aos municípios para o pagamento de retroativos e parcelas até dezembro do Piso Nacional da Enfermagem.

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Já a previsão para outubro é de que cerca de R$ 14,67 bilhões sejam repassados por meio do Bolsa Família, com o acréscimo do Benefício Variável Familiar Nutriz que contempla crianças de 0 a 6 meses. Também é esperado o pagamento de R$ 643,3 milhões para 354 mil contribuintes, referentes ao lote residual de imposto de renda; o repasse de R$ 2 bilhões de Requisições de Pequeno Valor (INSS); além do pagamento do Auxílio-Gás, perfazendo montante de R$ 584,3 milhões.

Queda na cesta de produtos

A cesta Abrasmercado, composta por 35 produtos de largo consumo, apresentou recuo de 1,72% no preço médio em setembro na comparação com o mês anterior, passando de R$ 717,55 para R$ 705,21. Essa é a quinta queda consecutiva da cesta.

Todos os itens da cesta de lácteos e de proteína registraram queda no mês. Entre os lácteos, o destaque foi o leite longa vida, com recuo de 4,06% frente a agosto. Já os ovos (-4,96%), corte do dianteiro (-3,45%), corte do traseiro (-2,36%) foram os itens que mais caíram na cesta de proteína.

A Abras ainda revelou que a cesta de produtos básicos, que considera apenas 12 produtos, também fechou o mês com o quinto recuo consecutivo. O valor da cesta passou de R$ 305,00, em agosto, para R$ 299,10 no último mês, queda de 1,93%. O indicador apresentou variação negativa no acumulado de 12 meses (-8,52%).

Dentre os produtos básicos, a redução mais expressiva foi observada no valor do feijão, com queda de 7,55% frente a agosto. O produto também acumula uma variação negativa de 6,52% no ano e de 17,6% nos últimos 12 meses.

Na divisão por regiões do Brasil, a maior queda foi registrada no Sul do País, com retração de 2,19% no valor da cesta de produtos. Em seguida, aparecem as regiões Nordeste (-1,69%), Sudeste (-1,51%), Centro-Oeste (-1,16%) e Norte (-0,71%).

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