Economia

Consumo nos supermercados de Minas Gerais sobe 2,96% no primeiro quadrimestre

Variação foi apurada pela Amis na comparação com mesmo período de 2024; em relação ao mesmo mês de 2024, alta foi de 8,85%
Atualizado em 5 de junho de 2025 • 18:41
Consumo nos supermercados de Minas Gerais sobe 2,96% no primeiro quadrimestre
Foto: Verdemar / Divulgação

O consumo nos supermercados em Minas Gerais subiu 2,96% no primeiro quadrimestre na comparação com o mesmo mês de 2024. O Índice de Consumo dos Lares Mineiros, da Associação Mineira de Supermercados (Amis), mostrou também crescimento de 8,85% em relação ao mesmo mês de 2024.

Já o indicador de consumo no Estado, deflacionado pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também registrou alta na comparação com março deste ano, com uma variação positiva de 1,33%.

O presidente executivo da Amis, Antônio Claret Nametala, destaca que, apesar da sazonalidade relevante da Semana Santa para o setor, ela não impulsionou o crescimento sobre março, de forma relevante. “E por que isso ocorreu? Porque em março, por motivo do calendário, já havíamos registrado um crescimento expressivo, ocasionando, assim, uma base elevada de comparação (9,36%)”, explica.

Quanto à comparação com abril do ano passado, Claret Nametala explica que a sazonalidade exerceu grande influência no Índice de Consumo dos Lares Mineiros. Ele lembra que, em 2024, a Semana Santa ocorreu entre os dias 24 e 31 de março.

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“Quando comparamos abril deste ano (com a incidência dessa sazonalidade), com abril de 2024, verificamos um desempenho atípico, com o aumento na demanda de 8,85%”, detalha.

Desempenho da economia mineira favorece o consumo em supermercados

Em relação ao acumulado no quadrimestre, o crescimento foi de 2,96% na comparação com o mesmo período de 2024. Segundo Claret Nametala, esse desempenho sinaliza que o setor tem atendido de forma satisfatória a demanda do consumidor no dia a dia das lojas. Para o presidente da Amis, a procura maior reflete também o desempenho da economia de Minas Gerais.

“Os índices de emprego no Estado têm sido acima da média nacional e essa garantia do emprego assegura ao consumidor maior propensão a ter um carrinho de compras mais cheio e com mais variedade de produtos para a família”, avalia.

Variação do consumo por regiões em Minas Gerais

Loja da rede de supermercados premium Verdemar.
Foto: Verdemar / Divulgação

O estudo também apresentou as variações do consumo nos supermercados mineiros, distribuídas por regiões. Os grandes destaques positivos foram as regiões Central de Minas, com alta de 9,37% frente ao mesmo mês de 2024, e Sul do Estado, com crescimento de 9,36%. As outras regiões apresentaram os seguintes resultados:

  • Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (9,03%);
  • Zona da Mata (8,4%);
  • Norte e Noroeste (8,34%);
  • Vale do Rio Doce, Mucuri e Jequitinhonha (8,14%);
  • Centro-Oeste (8,04%).

Já na comparação com março deste ano, os supermercados localizados no Vale do Rio Doce, Jequitinhonha e Mucuri apresentaram o melhor resultado, com alta de 1,59%; enquanto aqueles presentes na Zona da Mata apresentaram a queda mais acentuada, com retração de 1,05% no consumo. Confira os demais resultados no período:

  • Sul (1,37%);
  • Norte e Noroeste (1,08%);
  • Central (0,3%);
  • Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (-0,48%);
  • Centro-Oeste (-0,88%).

Claret Nametala destaca que tanto a região do Vale do Rio Doce, Jequitinhonha e Mucuri quanto a região Norte e Noroeste vinham apresentando um ritmo de crescimento menor nas pesquisas anteriores. Já as regiões da Zona da Mata e do Triângulo e Alto Paranaíba tiveram desempenho menor devido à alta base de comparação. “Mas estas regiões sempre puxam os resultados para cima; portanto, é uma retração que não nos preocupa”, ressalta.

Quanto ao acumulado dos quatro primeiros meses de 2025, as regiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (3,82%) tiveram os melhores desempenhos quanto ao consumo dos mineiros nos supermercados. Conforme o estudo feito pela Amis, nenhuma região de Minas registrou variação negativa no período. Veja os indicadores das demais regiões:

  • Sul (3,74%);
  • Vale do Rio Doce, Jequitinhonha e Mucuri (3,59%);
  • Zona da Mata (3,32%);
  • Central (3,13%);
  • Centro-Oeste (2,87%);
  • Norte e Noroeste (2,54%).

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