Contratação de mão de obra temporária aumentou 20,6% no País

13 de janeiro de 2022 às 0h29

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Crédito: Breno Parato/Portal PBH

As contratações temporárias cresceram 20,6% em todo o País no ano passado. Somente em 2021, foram mais de 2.415.418 milhões de vagas geradas na modalidade, frente às 2.002.920 posições registradas em 2020. Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), responsável pela divulgação, os dados representam a importância da modalidade para a economia brasileira. 

Em Minas Gerais, ainda que a Associação não tenha recortes por ente federativo, o diretor regional da Asserttem, Glaucus Botinha, afirma que a tendência de alta do País foi seguida, um resultado que passa pela contribuição de vários setores da economia. 

“Aqui em Minas a gente tem uma economia bem diversificada. A mineração e a siderurgia puxaram bastante o volume de contratações temporárias no Estado. O setor de serviços, com destaque para locadoras e consultoras e atividades que envolvem a cadeia da mineração e empresas da tecnologia também foram responsáveis pelas contratações”, afirma Glaucus Botinha. 

Além disso, o diretor regional lembra que, no Triângulo Mineiro, as contratações foram impulsionadas pelo polo de indústria logística que integra a região e o agronegócio. Por outro lado, Glaucus Botinha lembra que o desempenho do comércio esteve aquém quando feita a análise sobre vagas temporárias: “o comércio não foi um destaque (nas contratações) por conta da pandemia e também porque muitos lojistas migraram seus negócios para o modelo digital”, ressalta.

Efeitos sociais na economia 

Ainda segundo o levantamento, o número de contratações temporárias teve reverberações positivas também na efetivação de mais de 530 mil pessoas. “São muitas vantagens sociais e econômicas. Além das efetivações, essa (contratação temporária) pode ter sido a primeira oportunidade de emprego para muitas pessoas”, avalia Glaucus Botinha. 

Segurança jurídica e futuro 

A modernização das leis trabalhistas é o fator que, de acordo a Asserttem, explica a ascensão dessa modalidade. Desde 2014, início da série histórica, anualmente são registradas variações positivas em relação aos períodos anteriores, conforme dados da organização. 

“Todo o cenário de segurança jurídica e modernização das leis trabalhistas favoreceu muito esses números. E isso vai gerando uma cultura. E, à medida em que a modalidade vai se espalhando e penetrando no mercado, o trabalho temporário é cada vez mais demandado”, aponta o diretor regional da Asserttem.

Para 2022, a Associação espera, igualmente, variações positivas nas contratações temporárias, uma projeção que segue os resultados da série histórica. No entanto, “cautela” é a palavra que acompanha as expectativas, uma vez que os caminhos desenhados pela variante Ômicron e o período eleitoral podem impactar, de alguma forma, o mercado de trabalho como um todo. 

Enquanto isso, a associação acredita que o ano será de oportunidades para pessoas refugiadas em situação regular, já que, em outubro de 2021, a Asserttem e a Agência da ONU para Refugiados firmaram  uma parceria para fomentar o conhecimento das empresas em relação à possibilidade de contratação de pessoas em situação de refúgio, com segurança jurídica. “Na prática, os refugiados regulares, que muitas vezes estão em situação de fragilidade social, poderão ser contratados”, afirma Botinha. 

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