Contratações devem avançar no 2º trimestre
Minas Gerais é o segundo estado com a maior taxa de intenções de contratação para o segundo trimestre de 2023 no Brasil, com 26%, atrás apenas de São Paulo, com 27% no estado e 32% na capital. Os dados são da Pesquisa de Expectativa de Emprego – Q2 2023, realizada pelo ManpowerGroup.
A expectativa líquida de emprego para o segundo trimestre deste ano no País caiu cinco pontos percentuais na comparação com o trimestre anterior e está em 21%. O Brasil é o 24º mais otimista, empatado com Turquia e Reino Unido, em uma lista com 42 países. Já a porcentagem de empregadores que planejam contratar cresceu 4 p.p., chegando a 46%.
O country manager do ManpowerGroup no Brasil, Nilson Pereira, lembra que o inicio do ano foi marcado por incertezas em relação ao comportamento das economias global e nacional, mas depois do primeiro trimestre “as empresas demonstram entender melhor os efeitos do contexto econômico sobre os seus resultados e possibilidades de contratações”.
Pereira revela que o principal motivo das empresas contratarem mais no segundo trimestre é a escassez de talentos para cobrir as vagas disponíveis e atender as necessidades das empresas. Ele ainda destaca que o Brasil possui uma das mais altas taxas de escassez de talentos do mundo, com 80% das empresas passando por dificuldade para suprir essa necessidade.
Mesmo assim, o country manager do ManpowerGroup conta que a expectativa no País está dentro da média mundial, devido à definição do quadro político nacional. “Uma vez que já passou a eleição, já tem uma definição, isso favorece que as empresas voltem a tomar decisões e a investir”, explica.
Quanto à alta taxa de desemprego no início do ano, Pereira explica que se trata de algo normal do primeiro trimestre, já que muitos contratos temporários são encerrados nesse período. Além disso, ele reforça o fato das empresas terem optado por aguardar pelas definições do quadro político no Brasil.
Forte demanda no setor de TI
De acordo com o levantamento, o setor de Tecnologia da Informação (TI) foi o que apresentou a maior demanda por profissionais no País, com 41% das organizações no setor esperando para contratar. Ele é seguido por Saúde & Ciências da Vida (35%), Finanças e Imobiliário (26%) e Transporte, logística & automotivo (25%).
Sobre as intenções de contratação do setor de TI, Pereira destaca que essa tendência deve continuar, já que a tecnologia se tornou fundamental para todos os negócios, e existe um grande gap de talentos para ocupar essas vagas.
Já na análise por porte, a expectativa de contratação para o segundo trimestre mais elevada é a das grandes empresas, com 30%; logo em seguida aparecem as médias empresas (28%). Por outro lado, as microempresas (11%) e as pequenas (15%) são as mais cautelosas, segundo a pesquisa.
Geração de emprego em Minas
Os pequenos negócios de Minas Gerais terminaram o mês de janeiro com um déficit de 525 vagas de emprego, depois de realizarem 186.222 admissões e 186.767 desligamentos. Esse foi o oitavo pior desempenho entre os estados brasileiros. É o que revela um levantamento do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Minas Gerais (Sebrae Minas), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
A atividade com a melhor performance no primeiro mês de 2023 foi a da construção civil, com um superávit de 3.216 vagas. Enquanto o setor de serviços ficou com um saldo positivo de 1.838 empregos e a indústria de transformação fechou janeiro com 2.684 vagas. Por outro lado, a indústria extrativa mineral e a agropecuária apresentaram saldos negativos de 240 e 845 vagas de emprego, respectivamente.
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