Economia

Copam aprova licença de operação da Heineken em Passos, que será a 15ª cervejaria da marca no Brasil

A licença de operação é uma autorização ambiental que permite a operação do empreendimento; investimento é de mais de R$ 2 bilhões
Atualizado em 29 de maio de 2025 • 17:11
Copam aprova licença de operação da Heineken em Passos, que será a 15ª cervejaria da marca no Brasil
A cervejaria Heineken está se instalando em Passos | Foto: Cristiano Machado / Imprensa MG

O Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), subordinado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), aprovou, por unanimidade, a licença de operação da nova unidade da cervejaria Heineken, em Passos, no Sul de Minas. O investimento no empreendimento já ultrapassa R$ 2 bilhões.

O colegiado também deu o aval para a operação da estação de tratamento de esgoto sanitário e da estação de tratamento de água para abastecimento da unidade.

A licença de operação é uma autorização ambiental que permite a operação do empreendimento, após a verificação do cumprimento das condicionantes estabelecidas nas licenças anteriores (licença prévia e licença de instalação). Em resumo, é a etapa final do processo de licenciamento ambiental que autoriza a unidade a operar, garantindo que as medidas de controle ambiental estejam sendo implementadas.

Essa será a 15ª cervejaria da Heineken no Brasil, e foi idealizada para ser a mais sustentável da empresa até então. A nova planta está entre os maiores investimentos privados já atraídos para a região e será a primeira unidade greenfield da Heineken no Brasil – quando a instalação industrial é construída do zero, em um local onde não havia nenhuma estrutura pré-existente.

A opção por esse modelo é justamente para que a fábrica seja uma referência em práticas socioambientais, operando com fontes de energia 100% renováveis e implementação de caldeiras de biomassa, além de buscar também a eficiência hídrica, com a ampliação da infraestrutura local de captação de água.

O início do processo de industrialização está previsto para junho e a inauguração deve ocorrer até o fim de 2025, quando as obras completarão dois anos. A nova unidade tem previsão de gerar 350 empregos diretos e 11 mil oportunidades indiretas onde serão produzidas as marcas puro malte Heineken e Amstel.

O vice-prefeito e secretário de Planejamento de Passos, Maurício Silva, comemorou a aprovação do Copam. “Essa aprovação nos dá a tranquilidade de que a indústria poderá iniciar sua produção e nós começaremos a receber os retornos como os tributos e a geração de empregos”, afirmou.

De acordo com o vice-prefeito, a cidade investiu cerca de R$ 25 milhões para a estrada que liga a usina à MG-050. Juntamente com o governo do Estado e a concessionária Nascentes foram investidos outros R$ 48 milhões para as obras de um viaduto e um dispositivo de acesso. Uma terceira obra também está prevista para ser iniciada, que é a duplicação de um anel viário que sairá da porta da indústria, orçado em R$ 25 milhões.

Procurada pela reportagem, a Heineken não se posicionou até a publicação.

Escolha de Passos para a sede da Heineken

No início do processo, a unidade seria construída em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Entretanto, por entraves judiciais, a empresa desistiu da cidade, já que o terreno escolhido era na região de um sítio arqueológico.

Após meses de estudos e análises de terrenos, o município de Passos foi escolhido pela empresa entre os mais de 200 interessados. De acordo com a empresa à época, a escolha priorizou critérios como a disponibilidade hídrica, o desenvolvimento socioeconômico local, além da facilidade logística para o abastecimento do Estado e da região Sudeste.

O início do processo de industrialização está previsto para junho, e a inauguração deve ocorrer até o fim de 2025, gerando 350 empregos diretos na região e 11 mil oportunidades indiretas onde serão produzidas as marcas puro malte Heineken e Amstel.

Saiba mais sobre a Heineken no Brasil

O Grupo Heineken chegou ao Brasil em maio de 2010, após a aquisição da divisão de cerveja do Grupo Femsa e, em 2017, adquiriu a Brasil Kirin Holding S.A (“Brasil Kirin”), tornando-se o segundo player no mercado brasileiro de cervejas.

O grupo gera mais de 13 mil empregos e tem 14 unidades produtivas no País, sendo 12 cervejarias e duas microcervejarias.

No Brasil, o portfólio de bebidas do Grupo Heineken é composto ainda pelas marcas Eisenbahn, Eisenbahn Unfiltered, Sol, Baden Baden, Blue Moon, Lagunitas, Amstel Ultra, Devassa, Devassa Tropicaê, Tiger, Bavaria, Glacial, Kaiser, No Grau, Schin e Amstel Vibes.

O portfólio de bebidas não alcoólicas inclui a Heineken Sem Álcool, CLASH’D, FYS, Itubaína, Viva Schin, Skinka e Água Schin. Com sede em São Paulo, a companhia é uma subsidiária da Heineken NV, maior cervejaria da Europa.

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