Economia

Copasa e Aegea podem disputar leilão de saneamento de Minas Gerais

O poder público terá que indenizar os operadores pela infraestrutura não amortizada em cada um dos municípios que aderirem ao programa
Copasa e Aegea podem disputar leilão de saneamento de Minas Gerais
Foto: Lalo de Almeida/FGV

Em desenvolvimento, o Programa de Saneamento da Bacia do Rio Doce, que promete universalizar o saneamento dos 200 municípios de Minas Gerais que integram a bacia hidrográfica, por meio de concessão ou Parceria Público-Privada (PPP), já possui interessados. São eles: a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Aegea, operadora de água e esgoto de Governador Valadares.

O interesse das empresas foi revelado pelo vice-governador Mateus Simões (Novo), nesta sexta-feira (18), durante o lançamento da iniciativa. O leilão está previsto para ocorrer em 2027, embora detalhes do projeto ainda estão definidos como a modelagem, quantas cidades participarão da regionalização e quais ações são prioritárias nas localidades.

Vale dizer que o poder público terá que indenizar os operadores pela infraestrutura não amortizada em cada um dos municípios que aderirem ao programa. Além disso, o Estado e a União vão destinar R$ 7,54 bilhões à concessionária que vencer o certame para garantir a universalização dos serviços, sendo o recurso proveniente do Acordo de Mariana.

“Sabemos que há dois grandes interessados naturais nesse lote. A Copasa é uma grande interessada, porque ela já opera em boa parte das cidades. Porém, ela não tem preferência. Se a Copasa não ganhar o leilão, ela tem que ser indenizada por toda a infraestrutura. A outra grande interessada é a Aegea”, informou Simões na apresentação da iniciativa.

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“Esperamos que este seja um dos leilões mais competitivos da história do saneamento do Brasil pelo fato dele ter uma facilidade de financiamento completamente diferente de todos os outros leilões. Em vez de a empresa pagar para entrar, ela entra recebendo recurso para fazer as obras que precisa fazer”, pontuou o vice-governador de Minas Gerais.

O que dizem as empresas?

Procurada, a Copasa disse, em nota, que “no momento oportuno, após análise técnica do modelo proposto, poderá manifestar oficialmente seu interesse em disputar a concessão”. “Avaliamos com natural interesse oportunidades que estejam alinhadas à sua missão, ao seu plano estratégico e ao fortalecimento do saneamento regionalizado em Minas”, destacou.

Por sua vez, a Aegea também ressaltou “que monitora atentamente as novas oportunidades, avaliando licitações em todo o País”. E reiterou que “as participações em leilões são analisadas caso a caso, levando em conta o escopo e risco de cada projeto, e mantendo o foco no pilar de disciplina financeira e retorno adequado aos nossos acionistas”.

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