Economia

Copasa apurou lucro líquido de R$ 843 milhões no ano passado

Resultado representa alta de 56,9%
Copasa apurou lucro líquido de R$ 843 milhões no ano passado
Companhia mineira realizou investimentos da ordem de R$ 1,35 bilhão em 2022, o maior valor registrado nos últimos cinco anos | Crédito: Divulgação

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) anunciou ontem um lucro líquido de R$ 843 milhões no ano passado. O resultado representa um incremento de 56,9% na comparação com 2021. A concessionária mineira destacou também o maior investimento nos últimos cinco anos, somando R$ 1,35 bilhão na construção e ampliação das redes de abastecimento de água tratada e esgotamento sanitário em sua área de atuação.

“O volume é 28,5% superior ao realizado em 2021, quando a Companhia investiu R$ 1,05 bilhão e está em consonância com o Plano de Negócios da empresa, seus compromissos contratuais, bem como visa ao atendimento das metas de universalização propostas pelo Novo Marco do Saneamento”, informou a Copasa, em nota. Os dados são do balanço do 4° trimestre de 2022 e do acumulado de 2022, divulgados ontem.

Além dos investimentos recordes, a receita líquida de água e esgoto encerrou o ano na ordem de R$ 5,4 bilhões, 3,7% superior à de 2021. Já os custos e despesas subiram 3,5% no ano passado, índice abaixo da inflação do período e também do crescimento da receita. No 4° trimestre, porém, houve redução de 3,9% nos custos totais, totalizando R$ 1,06 bilhão, contra R$ 1,10 bilhão no mesmo intervalo do ano anterior.

De acordo com a concessionária, em relação ao número de empregados, houve uma redução de 4,7%, nos últimos 12 meses em função, principalmente, do PDVI.

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No mês passado, a Copasa informou, em comunicado ao mercado, que definiu que distribuirá 50% de seu lucro líquido no exercício de 2023 aos acionistas na forma de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP)

O montante é o máximo previsto na política de dividendos (que considera dividendos e JCP) da empresa para proventos regulares.

Inadimplência – A Copasa reduziu a inadimplência para o menor índice nos últimos seis anos – 3,22% em dezembro de 2022, em dezembro de 2021, era de 3,50%. A inadimplência é medida pela relação entre o saldo de contas a receber vencidas entre 90 e 359 dias e o valor total faturado nos últimos 12 meses.

“O desempenho positivo obtido no ano passado pode ser atribuído, principalmente, às ações comerciais focadas na retomada e intensificação de cobranças e às campanhas de renegociação de débitos, como a Campanha Dias Azuis, na qual foram oferecidas condições especiais para os clientes quitarem suas dúvidas com a Copasa”, informa a empresa.

Perdas – Também foram registrados resultados positivos na gestão de perdas, que apresentou uma redução de 2% no ano passado, considerando o índice de perdas de litros de água perdidos por cada cliente por dia. Isso se deu em função de ações voltadas para a recuperação do volume micromedido, especialmente em áreas de vulnerabilidade social, como foi o caso do Contrato de Performance implementado pela companhia na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) para reduzir perdas aparentes. 

Além disso, foram feitas a aquisição e a instalação/substituição de cerca de 841 mil novos hidrômetros na micromedição, trazendo como resultado, além do incremento de 1.134 mil m³ no volume medido, uma diminuição da idade média do parque de hidrômetros. Também foram adquiridos equipamentos, como geofones, hastes e câmeras, para pesquisa de vazamentos não visíveis, inclusive com a utilização de inteligência artificial, visando à redução das perdas físicas.

Planos

O board da Copasa aprovou recentemente um plano de investimentos da ordem de R$ 9,5 bilhões. Somente para o primeiro ano, ou seja, 2023, foram aprovados aportes de R$ 1,59 bilhão.

Dentre os projetos em andamento pela Copasa destaca-se na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) as obras em Igarapé, Sabará, Mateus Leme e Ribeirão das Neves. No interior do Estado, Coronel Fabriciano e Timóteo, no Vale do Rio Doce, são exemplos de cidades com obras que, quando concluídas, elevarão os índices de cobertura de tratamento de esgotamento sanitário para índices superiores ao preconizados pelo Novo Marco para o ano de 2033 que é de 90%. Nesses municípios destacados a cobertura dos serviços de água já atende o índice da legislação que é de 99%.

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