Copasa anuncia R$ 3,7 bilhões para reduzir perdas de água em BH e região

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) anunciou, nesta quinta-feira (18), que pretende investir R$ 3,7 bilhões para reduzir perdas de água em Belo Horizonte e Região Metropolitana (RMBH) até 2033. De acordo com a empresa, o índice de descaminho já é baixo: esteve em 40,5% em 2020 e chegou a 37,6% neste ano. Apesar disso, a meta é reduzir ainda mais e alcançar 25% até o último ano do plano.
Para alcançar o objetivo, a Copasa informou que vai executar uma série de ações para redução dos vazamentos, fraudes nas ligações (“gatos”) e defasagem de hidrômetros.
“Esses investimentos marcam um novo capítulo na história da Copasa. A combinação de inovação, tecnologia e foco em resultados posiciona a companhia como uma das mais avançadas do País no combate às perdas de água, um dos maiores desafios do setor de saneamento”, afirmou o presidente da Copasa, Fernando Passalio.
Investimentos já começaram com troca de hidrômetros
Dos R$ 3,7 bilhões previstos, R$ 1 bilhão já está em execução com a troca de hidrômetros por aparelhos mais modernos. Já o montante restante será aplicado em contratos de performance que serão implementados em 11 subáreas da RMBH.
Conforme a companhia, essas localidades foram definidas pelos volumes de perdas e terão como foco o combate a fraudes, modernização de ativos, varredura de redes para encontrar vazamentos não visíveis e instalação de válvulas redutoras de pressão.
Ao todo, cinco desses 11 contratos já estão em licitação, totalizando R$ 600 milhões em investimentos. Outros seis contratos serão lançados ainda em 2025.
R$ 200 milhões para implementação do Método Não Destrutivo (MND)
A Copasa também anunciou que está executando cerca de R$ 200 milhões para implementar o Método Não Destrutivo (MND), tecnologia de substituição de rede que reduz o impacto das obras para a população, acelera as intervenções, gera menos resíduos e evita danos que poderiam causar novos vazamentos.
O método já é utilizado em Belo Horizonte, Contagem e Patos de Minas, no Alto Paranaíba. A expectativa é de que a tecnologia seja ampliada para mais cidades mineiras.
Outro avanço está na Estação Cercadinho, na Capital, que recebeu uma central de monitoramento equipada com recursos de inteligência artificial e automação, que permite acompanhar em tempo real o funcionamento da rede e agir com agilidade diante de fraudes ou vazamentos.
Ouça a rádio de Minas