Economia

Cortes bovinos e suínos têm queda de preço em dez meses, enquanto frango sobe na RMBH

O estudo do site Mercado Mineiro e aplicativo comOferta também aponta que 22 cortes apresentaram variações superiores a 100% entre o menor e o maior valor praticado na RMBH
Cortes bovinos e suínos têm queda de preço em dez meses, enquanto frango sobe na RMBH
Foto: Rômulo Ávila

O preço médio da maioria dos cortes bovinos e suínos apresentou queda entre os meses de janeiro e outubro deste ano, enquanto a maioria dos cortes de frango comercializados na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) tiveram alta no período. É o que aponta a pesquisa realizada pelo site MercadoMineiro, em parceria com o aplicativo comOferta.

Entre os cortes da carne de boi, dez registraram queda e quatro tiveram alta. O filé mignon foi o que apresentou a queda mais acentuada, com variação negativa de 5,87% nos últimos dez meses, passando de R$ 81,49 para R$ 76,70. Já o fígado bovino foi o que apresentou o maior avanço deste grupo, com o valor médio subindo de R$ 20,17 para R$ 20,57, o que representa um avanço de 1,98% no período. Os demais destaques são:

  • Músculo bovino: de R$ 36,75 para R$ 37,07, alta de 0,88%;
  • Acém: de R$ 36,56 para R$ 36,86, alta de 0,82%;
  • Lagarto: de R$ 46,83 para R$ 45,52, queda de 2,81%;
  • Alcatra: de R$ 53,87 para R$ 52,38, queda de 2,76%;
  • Contrafilé: de R$ 55,47 para R$ 53,95, queda de 2,74%.

No caso da carne de porco, oito apresentaram queda, enquanto outros cinco registraram subida de preço. O toucinho comum (de R$ 13,19 para R$ 14,06) e a salsicha (de R$ 10,85 para R$ 11,34) foram os cortes com as variações mais elevadas do período, com alta de 6,59% e 4,47%, respectivamente. Por outro lado, o lombo inteiro registrou a maior retração, baixando de R$ 26,73 para R$ 26, o que representa uma queda de 2,72% entre janeiro e outubro deste ano. Os outros destaques foram:

  • Bisteca suína: de R$ 21,84 para R$ 23,01, alta de 5,36%;
  • Pazinha: de R$ 18,96 para R$ 18,45, queda de 2,69%;
  • Lombinho Filé: de R$ 27,03 para R$ 26,37, queda de 2,46%.

Quanto aos cortes de frango, seis fecharam com alta e dois em queda. A asa resfriada apresentou a queda mais acentuada deste grupo, com queda de 8,14%, de R$ 18,62 para R$ 17,10. O pescoço de peru foi o que apresentou o maior avanço, com uma variação positiva de 6,81%, subindo de R$ 21,58 para R$ 23,05. Os demais destaques foram:

  • Filé de peito: de R$ 24,51 para R$ 25,38, alta de 3,55%;
  • Coração: de R$ 35,19 para R$ 33,42, queda de 5,03%.

Variação mensal nos cortes bovinos, suínos e de frango

Cortes de carnes em um supermercado.
Foto: Diário do Comércio/ Luciana Montes

O levantamento, realizado em 45 casas de carnes de BH e da região metropolitana, também comparou os preços praticados entre os meses de setembro e outubro. Nesse caso, a maioria dos cortes bovinos e de frango tiveram alta, enquanto entre os cortes suínos apresentaram, em sua maioria, queda no valor médio cobrado.

Na carne de boi, o quilo do acém passou de R$ 36,57 para R$ 36,86, um pequeno ajuste de 0,8%. O quilo da maminha passou de R$ 49 para R$ 49,37, um aumento de 0,74%. O músculo bovino passou de R$ 36,83 para R$ 37,07, um aumento de 0,66%. A picanha (-0,43%) teve a queda mais acentuada, de R$ 73,59 para R$ 73,27, enquanto o fígado bovino apresentou estabilidade.

No caso do frango, o preço médio da asa resfriada caiu de R$ 17,12 para R$ 17,10, queda de 0,1%. Já o preço do pescoço de peru subiu de R$ 22,81 para R$ 23,05, alta de 1,05% no período; a coxa e sobrecoxa passou de R$ 13,17 para R$ 13,21 (+ 0.33%); o pé de frango baixou de R$ 8,93 para R$ 8,57, queda de 4,07%. O valor do coração manteve estável.

Entre os cortes suínos, o preço médio do pernil sem osso passou de R$ 23,89 para R$ 23,50, uma redução de 1,61%; o valor médio do toucinho comum caiu de R$ 14,29 para R$ 14,06, uma retração de 1,62%; e lombinho filé caiu de R$ 26,87 para R$ 26,37, uma redução de 1,88%. Por outro lado, a orelha de porco teve alta de 2,15%, de R$ 10,58 para R$ 10,81.

O coordenador do site Mercado Mieniro, Feliciano Abreu, avalia que o desempenho, de maneira geral, foi de estabilidade nos preços praticados na região metropolitana. Ele destaca que a expectativa de aumento em função do tarifaço não aconteceu. “Claro que as variações são muito grandes e o consumidor tem que avaliar qualidade da carne, localização do açougue, mas em matéria de aumentos nós não temos muita coisa para nos assustar”, acrescenta.

Portanto, o especialista garante que o consumidor não precisa se assustar com as variações de preços, mas deve seguir pesquisando, principalmente neste período do ano. Isso porque, no período de final de ano, normalmente, ocorre um aumento do consumo – devido aos churrascos, festas e ceias –, o que pode impactar no aumento dos preços cobrados pelos estabelecimentos. Então realmente tem de aumentar preço historicamente.

Carne bovina.
Foto: REUTERS/Kaylee Greenlee Beal

Diferença de preço entre os estabelecimentos

O estudo ainda demonstra que, apesar da relativa estabilidade dos preços médios mês a mês, as diferenças entre os valores praticados pelos estabelecimentos continuam muito elevadas. Entre os diferentes cortes analisados, 22 apresentaram variações acima de 100% entre o menor e maior preço praticado, sendo 11 cortes bovinos, dez suínos e um de frango.

No caso da carne de boi o grande destaque foi o chã de dentro, sendo comercializado de R$ 29,98 a R$ 79,90, uma diferença de 166,51%. Em seguida aparecem o patinho (de R$ 28,98 a R$ 73,90) e a alcatra (de R$ 32,98 a R$ 79,90), com variações de 155% e 142,27%, respectivamente.

Entre os cortes suínos, a orelha de porco foi a que apresentou a maior variação, ficando entre R$ 4,99 e R$ 16,90, uma diferença de 238,68%, seguida pela costelinha, que está sendo vendida de R$ 16,98 a R$ 47,90, variando 182,1%. Já o pé de frango foi o único entre os cortes de frango com variação superior a 100%, sendo comercializado de R$ 4,95 a R$ 11,99, o que representa uma variação de 142,22%.

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