Impulsionada pelo crédito, venda de veículos cresce 8,6% em Minas

Impulsionado pela facilidade de aprovação do crédito, o mercado de veículos em Minas Gerais apresentou alta de 8,6% no volume de emplacamentos em outubro. No total, foram 78,3 mil transações no Estado: 6,2 mil a mais que no mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Em destaque, os segmentos auto e comercial leve, que englobam veículos de passeio e utilitários acumularam 59,8 mil vendas no último mês, correspondendo por 76,3% do total de emplacamentos. O avanço em território mineiro foi puxado ainda pelo crescimento expressivo nas vendas de motos, que registraram salto de 24,9% frente ao igual período de 2024.

O levantamento da entidade aponta que as motos seguem em forte crescimento por todo o País, com tendência de bater recorde histórico em vendas e um crescimento médio de 15% frente ao ano anterior. Uma das razões que justificam a alta demanda é a aquisição para serviços de entrega, além do custo competitivo frente ao uso do transporte coletivo.

O presidente da Fenabrave, Arcelio Junior, pontua que as melhores condições de financiamento, somada ao acesso ao crédito mais eficiente contribuíram para o bom desempenho do setor de veículos no período. Somado a isso, ele acrescenta que o País atravessa um ambiente de políticas públicas favoráveis, especialmente com a inclusão do Programa Carro Sustentável, que reduziu ou zerou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para determinados veículos nacionais. “São fatores que tem ajudado a converter intenção em venda”, avalia.

Apesar disso, as altas taxas de juros ainda são consideradas um obstáculo para avanços mais expressivos ao longo do ano. Ainda assim, a expectativa é que o setor encerre 2025 com crescimento de 7,2% nos emplacamentos no País.

Volatilidade no mercado afeta compra de caminhões e ônibus novos

Em contrapartida, a maior queda registrada no Estado foi no segmento de caminhões e ônibus, que recuou 27,3% com relação a outubro de 2024. Dentre os motivos que justificam a queda está a redução de pedidos de ônibus em programas federais, como o Caminho da Escola, além de menor investimento de empresas de transporte, somada à maior volatilidade em segmentos como agronegócio, indústria e construção.

Apesar disso, com relação aos ônibus, o dirigente acredita que ainda é possível alcançar uma recuperação gradual e chegar a uma alta de 6% neste ano. Já com relação aos caminhões ele argumenta que os resultados positivos nos últimos dois meses podem amenizar a expectativa de queda neste ano.

No País, os emplacamentos de veículos registraram alta de 8,96% frente a outubro do ano passado somando 493.348 unidades comercializadas. No acumulado do ano, o volume total transacionado atinge 4,1 milhão de unidades: 7,63% a mais frente ao mesmo período de 2024.