Economia

CRS Brands, dona da sidra Cereser, planeja implantar um centro de distribuição em Contagem

Companhia, que é dona de marcas como a sidra Cereser, passou a pensar em Contagem em razão da instalação da filial da Castelo Alimentos no município; ambas empresas têm os mesmos acionistas
CRS Brands, dona da sidra Cereser, planeja implantar um centro de distribuição em Contagem
Crédito: Reprodução Facebook Oficial CRS Brand

A CRS Brands está iniciando um modelo de distribuição dedicado para Minas Gerais. A empresa já está com um pé no Estado, por meio de Extrema, na região Sul, onde tem tratativas avançadas com um operador logístico, e agora começa a considerar também estar presente em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Essas seriam duas formas da CRS abastecer o mercado mineiro, onde a fabricante de bebidas alcoólicas, uma das maiores da América Latina, donas de marcas como a sidra Cereser, tem vários clientes atacadistas, de supermercados e do canal de autosserviço.

As informações foram repassadas ao Diário do Comércio pelo diretor-presidente da CRS Brands, Alexandre Wolff, na inauguração da filial da Castelo Alimentos em Contagem.

De acordo com o executivo, a empresa passou a ponderar fortemente uma vinda para o município da Grande Belo Horizonte justamente em razão da instalação da companhia do setor alimentício. As duas fabricantes possuem os mesmos acionistas e a CRS poderia aproveitar a estrutura da Castelo para montar um centro de distribuição (CD).

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Ele explica que o modelo de fretes da CRS mudou. Antes eles utilizavam um método no qual os clientes retiravam os produtos diretamente na fábrica de Jundiaí, em São Paulo, mas entenderam que para ganhar tempo e melhorar o nível de serviço passariam a levar os produtos até aos clientes. Logo, poderia utilizar a base da Castelo Alimentos para isso.

“A área é grande, tem dez mil metros quadrados. Então, teria espaço para montar um centro de distribuição e, a partir daqui, abastecer todo o estado de Minas Gerais, pensando também no Centro-Oeste e no Nordeste do Brasil”, ressaltou, dizendo que toda a linha de produtos que a CRS comercializa nessas localidades passaria pelo estoque do CD na RMBH.

Diretor-presidente da CRS Brands, Alexandre Wolff posa para foto
Diretor-presidente da CRS Brands, Alexandre Wolff | Crédito: Thyago Henrique/Diário do Comércio

Empresa terá reunião com Contagem para discutir o assunto

Wolff enfatizou que tem grande interesse em fazer o projeto acontecer e, se possível, que seja ainda em 2024. Ele disse que se reunirá com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Contagem, René Vilela, até a próxima semana, para tratar do assunto.

Sem mencionar valores, o diretor-presidente da CRS Brands afirmou que o investimento inicial seria baixo para começar abastecendo apenas Minas Gerais, uma vez que o galpão da Castelo tem poucos porta-paletes e seria preciso somente colocar mais estruturas dessa.

No entanto, para abastecer as outras regiões mencionadas a companhia precisaria calcular os volumes de entregas para os estados para verificar quanto seria necessário investir na construção de um novo galpão dentro do espaço da Castelo Alimentos em Contagem.

Minas Gerais está entre os principais mercados da CRS Brands

Minas Gerais representa cerca de 8% do consumo do volume total produzido por ano pela CRS. O Estado está entre os principais mercados da empresa, ao lado de São Paulo, onde nasceu em 1926 e mantém operação desde então, e a região Norte do País, conforme Wolff.

A fabricante de bebidas alcoólicas tem uma capacidade de produção em Jundiaí de 13 milhões de caixas por ano, o que equivale a aproximadamente 85 milhões de litros anuais.

Segundo o executivo, a companhia está crescendo 18% em volume vendido para o mercado interno, enquanto a categoria de alcoólicos pelo mundo cresce algo como 1%. A maior parte dos produtos é comercializada no mercado interno. A exportação representa cerca de 20% dos negócios – a empresa está presente em mais de 30 países, de acordo com ele.

“Vendemos muitos vinhos. O vinho Dom Bosco está entre as principais marcas de vinho de mesa do Brasil. Também temos um volume importante de cachaça amarela, com a nossa marca é Old Cesar 88, e de vermute, com o Cortezano”, disse.

“No período de sazonalidade, que é o de final de ano, temos um abastecimento muito forte de mercado, entre setembro e dezembro, com a sidra Cereser e a Chuva de Prata, que são produtos tradicionais e que Minas Gerais é super importante para nós”, concluiu.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas