Economia

CSN anuncia um contrato de US$ 250 milhões

CSN anuncia um contrato de US$ 250 milhões
Crédito: Ricardo Teles

São Paulo – A CSN está expandindo um contrato de fornecimento de longo prazo de minério de ferro com a suíça Glencore, transação que envolve pré-pagamento de US$ 250 milhões, informou a empresa brasileira na sexta-feira (12).

O valor a ser pago pela Glencore corresponde ao fornecimento adicional de aproximadamente 10 milhões de toneladas de minério de ferro em cinco anos.

A empresa disse que a parcela consiste em um passo adicional “em direção a uma estrutura de capital saudável e sustentável”.

Bloqueio – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou hoje (12) que obteve uma liminar favorável ao bloqueio de R$ 3 milhões da CSN. Conforme decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a mineradora está impedida de movimentar o montante como forma de garantir a implementação de medidas necessárias diante da falta de segurança apresentada pela barragem Casa de Pedra, em Congonhas.

A verba, no entanto, é inferior ao pleiteado. O MPMG havia pedido o bloqueio de R$ 20 milhões e defendeu que esse valor era necessário levando em conta o histórico da mineradora no descumprimento de acordos e decisões judiciais. Entre elas, está uma liminar proferida em maio pelo TJMG obrigando a CSN a alugar um imóvel para uma creche que está desativada desde fevereiro por se localizar muito próxima da estrutura.

Procurada pela Agência Brasil, a CSN informou em nota que prioriza o bem-estar das comunidades e está aberta ao diálogo. A mineradora disse ter proposto à Justiça que a Fundação CSN, seu braço institucional para questões relacionadas à responsabilidade social, assuma gratuitamente o funcionamento da creche.

“A companhia entende que essa alternativa representa a melhor solução para que as crianças retornem às aulas e à rotina rapidamente. Além disso, a CSN Mineração entende que não há necessidade de alteração de endereço do local”.

De acordo com a mineradora, a barragem Casa de Pedra não representa risco à população e utiliza o método a jusante, considerado mais seguro e diferente do método a montante adotado nas estruturas que se romperam em Mariana e em Brumadinho.

“A companhia possui laudos que atestam a segurança de suas estruturas. Os mais recentes, emitidos por uma empresa independente em 11 de março de 2019, declaram a estabilidade e o controle de riscos das barragens administradas pela CSN. Somente neste ano, foram feitas seis fiscalizações de órgãos como a Agência Nacional de Mineração (ANM). Em todas, foi atestado que a empresa está seguindo os procedimentos necessários para que suas barragens continuem estáveis e nenhuma anormalidade foi encontrada”, acrescenta a nota. (ABr/Reuters)

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