Economia

CSN fatura gaúcha CEEE-G em leilão, com lance de R$ 928 milhões pela geradora

CSN fatura gaúcha CEEE-G em leilão, com lance de R$ 928 milhões pela geradora
Crédito: Divulgação

São Paulo – A siderúrgica CSN venceu, na sexta-feira (29), o leilão de privatização da geradora de energia elétrica gaúcha CEEE-G, em um movimento para diversificar os negócios e reforçar o fornecimento de eletricidade às suas próprias operações.

Por meio da Companhia Florestal do Brasil, a CSN disputou a CEEE-G com a Auren Energia, do grupo Votorantim e do CPPIB.

A siderúrgica venceu uma bateria de quase 20 lances a viva voz ao ofertar R$ 928 milhões pela geradora, um ágio de 10,93% sobre o preço mínimo de R$ 836,9 milhões definido em edital.

Além do valor da oferta no certame, a CSN terá de pagar uma outorga de R$ 1,66 bilhão à União pela renegociação dos contratos de venda de energia das hidrelétricas da CEEE-G.

A Reuters publicou na quarta-feira que as duas empresas estariam na disputa. Inicialmente, a CSN tinha planos de entrar em consórcio com a francesa EDF, mas a parceira acabou desistindo de última hora de participar do processo.

Em nota, a CSN afirmou que a aquisição da geradora está alinhada com a estratégia de avançar na busca pela autossuficiência de energia elétrica gerada por fontes renováveis.

A indústria siderúrgica é eletrointensiva, isto é, consome grandes volumes de energia. A CSN disse projetar uma demanda crescente de energia para suas operações para os próximos anos.

No início do mês, a companhia já havia adquirido uma hidrelétrica em Santa Catarina por R$ 427,5 milhões, com o objetivo de garantir oferta de energia renovável.

Mas a siderúrgica também destacou que pretende fortalecer sua atuação no setor elétrico através de uma plataforma de novas usinas.

“Além da autossuficiência e controle de custo, a CEEE-G será uma importante plataforma de desenvolvimento de novos projetos de geração de energia, além de consolidar importantes sinergias com as aquisições das PCHs Sacre II e Santa Ana e UHE Quebra Queixo, anunciadas recentemente”, disse em nota.

Analistas do JP Morgan afirmaram em nota que, embora a aquisição seja relativamente pequena para a CSN, ela pode não ser bem recebida pelo mercado.

“Nossas conversas sugerem que investidores estão preocupados com a disciplina de capital da CSN e prefeririam que a companhia dirigisse caixa extra para retornos aos acionistas (em vez de crescimento inorgânico)”, escreveram os analistas do banco Rodolfo Angele e Lucas F. Yang.

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