Cupom médio em mercearias de Minas cresce 38,1%, aponta ValeCard

O consumo nas mercearias de Minas Gerais aumentou 38,15% nos primeiros quatro meses de 2025 frente ao mesmo período do ano passado, segundo análise do cupom médio de compra dos consumidores. Por sua vez, o comércio atacadista também apresentou alta, da ordem de 8,18% e os supermercados também tiveram elevação nos valores, com aumento de 6,97% no mesmo período. Quando analisado o cupom médio no segmento de padaria, o incremento no Estado foi de 1,12%.
Somando todos os serviços como Açougue, Comércio Atacadista, Lanchonetes, Mercearias, Minimercado, Padarias, Restaurantes, Sacolões / Varejões / Hortifrútis e Supermercado, o cupom médio em Minas Gerais entre janeiro e abril de 2025 foi da ordem de R$ 95,60.
Nos sacolões e hortifrútis houve incremento de 11,99% e nos açougues, alta de 11,74% no cupom médio em Minas Gerais, segundo dados do levantamento da ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento, soluções de mobilidade e benefícios corporativos.
No entanto, a alta não foi observada em todos os segmentos. De acordo com o gerente de Marketing da ValeCard, Virgilio Mundim Costa, os minimercados no Estado apresentaram uma redução de 42,6%. “Nos minimercados, que também englobam as lojas de conveniência, que muitas das vezes comercializam os produtos com valores mais elevados, o cupom médio sofreu uma redução significativa”, observa.
Segundo o gerente, é possível ver que o consumo nos supermercados em nível Brasil aumentaram, e em Minas, foram as mercearias que tiveram a demanda elevada no período. “Possivelmente, muito em função de praticidade e agilidade na hora da compra. Por outro lado, o cupom médio também aumentou no comércio atacadista mineiro, o que nos faz entender que as pessoas estão comprando mais nesses locais, pois o cupom médio teve elevação”, observa.
Alta nos preços de alimentos muda comportamento de consumo
Com a alta no preço dos alimentos presenciada nos últimos meses, foi possível perceber que as pessoas às vezes estão mudando o comportamento de consumo, pondera Costa. “Diante do cenário, muitos consumidores podem deixar de comprar o essencial também nos minimercados, que são conveniências menores, e concentrando o cupom médio maior em atacados, supermercados ou redes maiores, que geralmente conseguem oferecer um preço mais competitivo”, avalia.
No Estado, o cupom médio das lanchonetes também apresentou alta, da ordem de 20,24%. “As lanchonetes tiveram um aumento de cupom médio e isso foi perceptível, como em grande parte do Brasil, com aquele cafezinho mais caro em qualquer lugar, considerando que o grão apresentou uma alta significativa nos últimos tempos. Mas produtos como o pão de queijo, o pãozinho na chapa, e diversos outros itens tiveram acréscimos ou reajustes em todos os locais. Então, isso fez com que houvesse um aumento nos últimos meses do cupom médio”, afirmou o gerente.
O cenário registrado pela ValeCard está em linha com os dados registrados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que indicou que o preço do café moído, bebida popular nas padarias e lanchonetes brasileiras, registrou aumento de 80,2% nos últimos 12 meses. Essa é a maior inflação acumulada do café moído em 12 meses desde maio de 1995, quando o índice foi de 85,5%.
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