Custo da construção em Belo Horizonte registra elevação de 0,10% em junho

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou alta de 0,10% em junho na capital mineira, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em maio, houve variação negativa (-0,02%) em Belo Horizonte. No País, a elevação foi de 0,96%, acima da taxa de 0,26% observada no mês anterior.
O INCC-M é um indicador econômico que capta a evolução de custos de construções residenciais e que possibilita o acompanhamento da evolução dos preços de materiais e custos de mão de obra e serviços mais relevantes para a construção civil.
Além de Belo Horizonte, cidades como Brasília (2,27%), Recife (2,77%), Porto Alegre (0,37%) e São Paulo (1,65%) experimentaram aceleração em suas taxas de variação no sexto mês de 2025, refletindo um avanço nos custos de construção nessas localidades. Em contraste, Salvador (-0,01%) e Rio de Janeiro (-0,02%) observaram desaceleração em suas taxas de variação.
A economista-chefe do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Ieda Vasconcelos, avalia o dado de Belo Horizonte como de relativa estabilidade. “Isso vem acontecendo nos últimos dois meses”, diz.
Ela observa que as maiores elevações de junho – Brasília, Recife e São Paulo – são fruto da data-base dos trabalhadores da construção nessas localidades. Em Belo Horizonte, isso ocorre em novembro. Dessa forma, o que impulsionou o indicador na capital mineira foi a variação dos materiais.
Variação por grupos do custo da construção
No País, o INCC-M foi impulsionado em junho pela variação do índice de mão de obra, com elevação de 2,12%, marcando um avanço expressivo quando comparado ao índice de 0,72% observado em maio, conforme o Ibre/FGV.
O grupo de materiais, equipamentos e serviços apresentou alta de 0,13% em junho, contra queda de 0,07% no mês anterior. A categoria de materiais e equipamentos registrou avanço de 0,06% em junho, marcando uma inversão em sua taxa, que foi de -0,12% em maio.
Conforme o Ibre/FGV, o movimento reflete uma tendência de aceleração nos preços desses insumos, crucial para a execução de projetos de construção. Nesta apuração, dois dos quatro subgrupos que compõem essa categoria exibiram avanço em suas taxas de variação.
O principal destaque em junho foi o subgrupo “materiais para instalação”, que teve um aumento de -1,33% para 0,31% na taxa. No âmbito do grupo de serviços, observou-se uma aceleração em sua taxa de variação, que passou de 0,40% em maio para 0,74% em junho. O avanço foi reflexo do item conta de energia, que registrou elevação de 2,20% para 3,76% na taxa.
No acumulado do ano, o custo da construção em Belo Horizonte teve alta de 2,96%, abaixo do resultado nacional (3,46%). Em 12 meses, a capital mineira registrou aumento de 5,59% no INCC-M, enquanto o resultado do País foi de 7,19%.
O índice nacional resulta da média aritmética ponderada das sete capitais – Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. A pesquisa mensal de preços é realizada entre os dias 21 do mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência.
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