Custo da construção em Minas Gerais é menor que o nacional

O custo médio da construção, medido pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), teve alta de 0,17% em 2023 em Minas Gerais, bem abaixo da média nacional, que apresentou elevação de 2,55% no ano. No acumulado do ano, o Amazonas foi o estado com a maior taxa, 6,80%.
Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Caixa Econômica Federal, o resultado do País no ano passado foi 8,35 pontos percentuais menor na comparação com a taxa acumulada de 2022 (10,90%).
O coordenador do levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, em Minas Gerais, Venâncio da Mata, destaca que a mão de obra foi o componente que contribuiu para o aumento do índice.
Ele explica que está acontecendo uma menor influência da parcela dos materiais na comparação com o que aconteceu durante os anos de pandemia, período marcado por aumentos expressivos.
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Em dezembro passado, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Michel, fez uma análise para o DIÁRIO DO COMÉRCIO sobre o novo cenário para os materiais de construção, com pressão nos custos deve ser maior com os gastos com mão de obra.
Na oportunidade, ele ressaltou que durante os anos de pandemia de Covid-19, os custos tiveram alta na casa dos 40%, bem acima da inflação do período, que estava no patamar de 25%. A elevação dos custos dos materiais de construção foi da ordem de 70%.
No Estado, ainda segundo o IBGE, o custo da construção chegou a R$1.612,01 (93,60% da média nacional) em dezembro, sendo R$ 962,84 referentes aos materiais (96,10% da média nacional) e R$ 649,17 à mão de obra (90,12% da média nacional). Em dezembro de 2022, o valor no Estado era de R$ 1.609,26.
Brasil
Nacionalmente, o custo do metro quadrado, que em novembro fechou em R$ 1.717,11, passou em dezembro para R$ 1.722,19, sendo R$ 1.001,89 relativos aos materiais e R$ 720,30 à mão de obra.
Conforme o IBGE, o Sinapi em dezembro passado teve alta de 0,05% em Minas Gerais, bem abaixo da variação do País, que teve elevação de 0,26%. E em razão do reajuste nas categorias profissionais, Piauí foi o estado que registrou a maior taxa do último mês de 2023: alta de 2,52%.
A parcela dos materiais apresentou alta de 0,27%, subindo 0,19 ponto percentual em relação a novembro, e registrando a segunda maior taxa da categoria no ano, ficando atrás apenas do mês de abril (0,42%). Considerando o índice de dezembro de 2022 (0,07%), houve aumento de 0,20 ponto percentual.
No ano, o acumulado da parcela de materiais ficou em 0,06%, menor taxa desde 2014. Já a mão de obra com taxa de 0,24%, e reajuste observado em dois estados do País, também registrou alta, subindo 0,16 ponto percentual em relação tanto ao mês anterior (0,08%), quanto a dezembro de 2022 (0,08%).
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