Economia

Custo da cesta básica volta a subir em Belo Horizonte

Despesa aumentou novamente no mês de dezembro e chegou a R$ 694,77, alta de 1,15% em relação ao mês anterior
Custo da cesta básica volta a subir em Belo Horizonte
Crédito: Alessandro Carvalho

O custo da cesta básica em Belo Horizonte aumentou novamente no mês de dezembro e chegou a R$ 694,77, alta de 1,15% em relação ao mês anterior, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em 2024, a alta foi de 5,86%.

Conforme o levantamento, na capital mineira, entre janeiro e dezembro de 2024, oito produtos apresentaram alta no preço médio do conjunto de alimentos e produtos que satisfazem as necessidades básicas de um adulto. O café em pó teve a maior elevação, de 62,56%, seguido do óleo de soja, com 37,21% e da carne bovina, com 19,44%.

Outras altas foram registradas nos preços do leite (17,18%), arroz (12,79%), manteiga (6,18%), pão francês (4,12%) e banana (3,11%).

Cinco produtos que compõem a cesta básica em Belo Horizonte registraram queda nos preços: tomate (-33,56%), batata (-21,91%), feijão (-10,59%), farinha de trigo (-4,29%) e açúcar cristal (-1,84%).

Cesta em Belo Horizonte no mês

Na variação mensal, quatro produtos apresentaram alta nos preços no último mês do ano passado. Com aumento de 10,68%, o custo da carne bovina puxou o índice, seguido do óleo de soja (4,36%), da banana (2,10%) e do pão francês (0,94%). Dois produtos não tiveram variação: arroz agulhinha e feijão carioquinha.

Já a queda de 25,57% no preço da batata liderou a redução nos custos de sete produtos entre novembro e dezembro. As reduções mensais também ocorreram nos preços do tomate (-16,06%), da farinha de trigo (-1,84%), da manteiga (-1,56%), do leite (-1,29%), do café em pó (-1,33%) e do açúcar cristal (-0,27%).

Cesta básica ainda é cara na capital

O valor cobrado pela cesta básica é elevado para o trabalhador de Belo Horizonte que ganha um salário mínimo, em especial, considerando o valor líquido, aponta o Dieese.

Em dezembro de 2024, o trabalhador belo-horizontino com a remuneração de R$ 1.412 precisou trabalhar 108 horas e 15 minutos para adquirir a cesta. Em novembro, necessitou de 107 horas e 1 minuto. Em dezembro de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.320,00, precisou de 109 horas e 23 minutos.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em dezembro de 2024, 53,19% da renda para adquirir os produtos da cesta básica – que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em novembro, o percentual gasto foi de 52,59%. Já em dezembro de 2023, o trabalhador comprometia 53,75% da renda líquida.

Em dezembro, o valor da cesta básica subiu em 16 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente o levantamento. As altas mais expressivas foram verificadas em Natal (4,01%), Aracaju (3,90%) e Vitória (2,88%). A variação mensal de Belo Horizonte foi a 10ª maior entre todas as capitais pesquisadas. A cesta básica belo-horizontina também é a 10ª mais cara entre as capitais do País.

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