Economia

Custo de vida é maior em municípios com mineração, aponta estudo

Custo de vida é maior em municípios com mineração, aponta estudo
Foto: Reprodução/Adobe Stock

O custo de vida em municípios com mineração é consistentemente mais alto, afetando a maioria dos grupos de consumo e demonstrando um impacto econômico direto e generalizado sobre seus habitantes. Este custo adicional se traduz em um ônus financeiro substancial, com perdas monetárias anuais por habitante, ressaltando a significativa dimensão do desafio econômico imposto às comunidades mineradoras.

Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Fundação Ipead), a pedido da Associação Brasileira dos Municípios Mineradores (Amig Brasil).

A pesquisa analisou os municípios mineradores de Minas Gerais e Pará e, utilizando a técnica de Análise de Clusters (K-Means), os comparou com municípios não mineradores de mesmo porte para formar grupos socioeconômicos semelhantes e garantir comparações válidas.

O levantamento selecionou como foco principal as cidades mineiras de Conceição do Mato Dentro e Mariana, e a paraense Parauapebas. A primeira foi comparada com Extrema (MG), a segunda com João Monlevade (MG) e a terceira com Belém (PA).

Conforme o estudo, em Parauapebas, o índice de preços é 10,2% maior que em Belém, a capital do estado. Em Mariana, a inflação local é 9,4% superior à de João Monlevade, centro siderúrgico mineiro. Já em Conceição do Mato Dentro, os valores superam em 6,3% os de Extrema, município com uma economia dinâmica, sem atividade mineral.

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