Data driven: gestão guiada por dados vira tendência no setor industrial

Você já ouviu falar em Data driven? Essa é uma nova metodologia de mercado orientada a dados, o que significa atuar com decisões baseadas em registros de informações e que agilizem o entendimento das bases, podendo cruzá-las, explica a cofundadora e CEO da empresa AI ROBOTS, Luma Boaventura Favarini.
“São ferramentas de visualização didáticas e com técnicas de inteligência artificial que aperfeiçoam o trabalho em grandes volumes de dados”, reforça.
Segundo Luma Favarini, o objetivo das empresas em trabalhar com Data driven é melhorar o mecanismo de cobertura dos empreendimentos. “Para o melhor entendimento de como tratar os dados, metodologias como design thinking são muito úteis para desdobrar e priorizar a visualização e o conhecimento de quais técnicas serão mais adequadas para que as informações sejam inteligíveis”, salienta.
Conforme o Sebrae Minas, esses dados oferecem uma análise de cenário, baseada em informações que foram reunidas a partir do comportamento ou opinião do empreendedor ou empresário, oferecendo mais chances de acertar na tomada de decisão do que se basear em “achismos”.
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Para os empreendedores e indústrias que aderem a esse diferencial à cultura, o Data driven consegue se antecipar e agilizar decisões assertivas. Antes de qualquer decisão estratégica, são extraídos conhecimentos dos dados para transformá-los em ações.
Data driven e a indústria 4.0
Inteligência artificial, inovação tecnológica e programas de aceleração digital são as novas prioridades do setor industrial de Minas, e em todo Brasil, apoiadas pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), a qual criou o programa Fiemg Lab 4.0 para catalisar a interação com startups no fomento de soluções e projetos para vários segmentos.
Conforme dados da Fiemg Lab. 4.0, cerca de 76 indústrias contrataram 25 startups de Minas desde 2020, fazendo circular no Estado cerca de R$ 30 milhões em negócios no exercício anterior.
Segundo a gerente de Aceleração de Negócios e Ecossistemas do programa Fiemg Lab 4.0, Gabriella Sant’anna, a inteligência artificial é uma tendência em múltiplos mercados.
“É um movimento global, e na indústria está caminhando muito bem. Aqui no Brasil, em Minas Gerais, estão sendo feitos diversos testes, principalmente, na área da saúde, segurança, manutenção e predição. Então, a inteligência artificial abre vários caminhos, não somente para a utilização de dados, mas com imagens, tomadas de decisões, identificação de falhas e uma série de opções e possibilidades”, explica.
Ainda conforme informações de Sant’anna, as startups são peças fundamentais para fazer essa ponte entre as indústrias e as inovações tecnológicas. “Temos várias startups mineiras que buscam resolver problemas complexos na indústria com a inteligência artificial”, salienta.
Luma Favarini explica que as indústrias conhecidas como “indústria 4.0” são as que aplicam as tecnologias habilitadoras que permitem a otimização de processos, automação de atividades e eficiência produtiva. “Não há substituição de mão de obra humana, mas sim uma adequação da tecnologia para a eficácia da produtividade”, salienta.
A CEO da AI ROBOTS esclarece que todos os setores podem adotar a cultura Data driven. “A gestão inteligente orientada a dados tem sido adotada, principalmente, em segmentos como varejo omnichannel, financeiro, saúde, construção e indústria. Aqui na AI ROBOTS, por exemplo, temos cases de aplicação de dados com manutenção preditiva, robótica e visão computacional para otimização de análises, redução de riscos de acidentes, otimização e automação de processos e economia circular, dentro do contexto da indústria 4.0, em empresas como Ambev, Usiminas, Suzano e Novo Nordisk”, conta.
Para a CEO, a adoção da cultura orientada a dados é uma tendência e as empresas vão adotá-la em peso, aplicando tecnologias emergentes e habilitando impacto positivo nos contextos de Economia Circular, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e nos eixos Ambientais, Sociais e de Governança (ASG).
AI ROBOTS
Como exemplo dessa tendência, com pouco mais de um ano no mercado, a startup AI ROBOTS conquistou um contrato de investimento com a Timenow. A empresa é referência nacional em gerenciamento de projetos industriais e atende grandes indústrias como: Braskem, Suzano, Vale, ArcelorMittal, Klabin, Adama, Bayer, Grupo Boticário, entre outras.
A AI ROBOTS também faz parte do Programa Fiemg Lab 4.0, tendo realizado mais de 50 conexões com as indústrias dentro do programa de aceleração, o que foi essencial para o crescimento da startup no ano de 2021.
“A startup possui convênio de desenvolvimento com o Laboratory of Systems Engineering and Robotics (Laser) da Universidade Federal da Paraíba e é acelerada pela Microsoft, no Brasil, com os Programas WE Impact e WE Ventures, os quais apoiam o empreendedorismo feminino, fazendo parte do Programa Microsoft for Startups”, esclarece Luma Favarini.
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