De olho nas eleições, dólar tem queda de 1%
São Paulo – O dólar terminou ontem com queda firme ante o real, influenciado pela melhora do candidato Jair Bolsonaro (PSL) em pesquisas de intenções de votos e ajudado ainda pelo cenário externo, onde o dólar recuava ante as moedas de países emergentes.
O dólar retraiu 1,00%, a R$ 4,1252 na venda. Na máxima, logo após a abertura, a moeda foi a R$ 4,2049 e, na mínima, perto do fechamento, marcou R$ 4,1157. O dólar futuro tinha perda de cerca de 1,21%.
“Tanto a economia quanto o mercado financeiro estão com uma expectativa tão baixa pelo resultado das eleições que, agora, com a queda do candidato (Geraldo) Alckmin nas pesquisas, qualquer reação positiva de Bolsonaro que possa evitar o retorno da esquerda já causa um alívio imenso”, comentou o diretor da More Invest Gestora de Recursos, Leonardo Monoli.
O mercado gostaria que um candidato mais comprometido com o ajuste das contas públicas – e Alckmin (PSDB) é visto como o mais adequado – vencesse as eleições. Dessa forma, após a abertura, a moeda norte-americana chegou à máxima de R$ 4,2049, justamente com a primeira leitura de que os levantamentos eleitorais mostraram avanço de candidatos que o mercado considera menos comprometidos com o equilíbrio fiscal.
A pesquisa do Datafolha, na sexta-feira (14), mostrou Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT) empatados em segundo lugar, enquanto levantamento do BTG Pactual também mostrou Haddad em segundo lugar. Já a CNT/MDA, divulgada ontem, mostrou o petista na segunda colocação, com Jair Bolsonaro (PSL) à frente. Mas agradou quando colocou Bolsonaro em uma situação muito melhor no segundo turno, batendo praticamente todos os adversários.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 5,45 bilhões do total de US$ 9,801 bilhões que vence em outubro.
B3 – O Ibovespa fechou em alta de 1,8% ontem, anulando as perdas de setembro, com apoio de bancos, Petrobras e BRF, em sessão marcada por vencimento de opções sobre ações e atenções ainda voltadas para o cenário eleitoral.
O principal índice de ações da B3 foi a 76.788,85 pontos. O giro financeiro da sessão somou R$ 12,28 bilhões, inflado pelo exercício de opções, de pouco mais de R$ 3 bilhões. (Reuters)
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