Déficit habitacional em Minas cai 14% em um ano, mas aluguel urbano ainda pesa

O déficit habitacional caiu 14% em Minas Gerais e passou de 556.681 domicílios em 2022 para 478.756 residências em 2023. Os dados são de um estudo da Fundação João Pinheiro (FJP) divulgado nesta quinta-feira (18).
No Brasil, o déficit também recuou, porém em menor proporção: a queda foi de 3,8%, chegando a 5.977.317 domicílios em 2023, conforme a pesquisa feita em parceria com as secretarias nacionais de Periferias e de Habitação do Ministério das Cidades.
O estudo também levantou o número absoluto de unidades habitacionais com, pelo menos, um tipo de inadequação em Minas e no País entre 2022 e 2023. Veja abaixo:
- Minas Gerais: 1.385.041 | 1.329.725 (queda de 19,1%)
- Brasil: 26.510.673 | 27.661.405 (alta de 4,34%)
Déficit habitacional em Minas é puxado pelo alto custo do aluguel nas cidades
No Estado o componente predominante do déficit habitacional em 2023 foi o ônus excessivo com aluguel urbano, que afetou 366.353 domicílios, ou 76,5% do total. O ônus excessivo ocorre quando mais de 30% da renda domiciliar é comprometida nesta finalidade.
Em seguida, a coabitação foi empecilho para 76.154 residências, que representam 15,9% do total. A coabitação, segundo a FJP, é caracterizada por moradias tipo cômodo e unidades domésticas conviventes com mais de um núcleo familiar e adensamento superior a duas pessoas por dormitório.
A habitação precária registrou 36.249 unidades (7,6%), quesito que inclui domicílios rústicos cujo material predominante nas paredes externas é diferente de alvenaria, taipa com revestimento e madeira aparelhada, além de domicílios improvisados.
Raio-X do déficit habitacional em Minas
- Renda domiciliar dos afetados: 46,6% ganham entre um e dois salários mínimos;
- Gênero do responsável pelo domicílio afetado: 62,2% são chefiados por mulheres;
- Cor/raça do responsável pelo domicílio: Pardos: 45,4% | Brancos: 33,8% | Pretos: 19,7%.
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