Demanda por apartamentos com mais de 2 quartos sobe em BH, mas casas ainda são as preferidas

A demanda por apartamentos com mais de dois quartos mais que dobrou em Belo Horizonte, entre os meses de outubro de 2024 e janeiro deste ano. Conforme os dados da segunda edição do Índice de Confiança no Setor Imobiliário – Loft, feito em parceria com a Offerwise, o interesse por esse tipo de imóvel residencial saltou de 16% para 38% no período.
Mesmo com o avanço na demanda por apartamentos com mais de dois dormitórios, o tipo de construção mais buscado pelos belo-horizontinos segue sendo a casa. Em outubro do ano passado, quando a primeira edição do levantamento foi publicada, 55% das pessoas demonstraram interesse em adquirir uma casa nos próximos seis meses. Atualmente, esse percentual subiu para 67% do público.
Já a intenção de compra de imóveis compactos, também conhecidos como studios, caiu pela metade, passando de 10% para 5% dos moradores da capital mineira no último mês.
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O gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi, aponta que, conforme observado em pesquisas anteriores, o espaço é uma característica importante para os mineiros, assim como ter mais de uma vaga de garagem no imóvel. “Essas preferências ajudam a explicar a alta na demanda por apartamentos com mais de dois dormitórios e casas”, afirma.
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O estudo ainda demonstra outros dois aspectos que são considerados pelos moradores da Capital no momento da compra de um imóvel residencial: acesso a transporte público e tranquilidade.
A busca por um imóvel localizado perto de um ponto de ônibus ou linha específica subiu de 25% para 38%. Enquanto a preferência por um novo lar em um “bairro tranquilo” cresceu de 43% para 54% dos moradores.
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Takahashi lembra que um estudo conduzido em 2022 apontou que quase metade (47%) das pessoas que moram em Belo Horizonte gasta até 30 minutos no deslocamento para o trabalho.
“O novo índice nos dá pistas de que a população é intencional na compra de imóveis localizados em endereços bem localizados, com boa oferta de transporte público. Quanto menor o deslocamento, maior a qualidade de vida”, completa.
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