Economia

Demanda por crédito entre os consumidores brasileiros sobe 0,6% em 2024

Em Minas Gerais o avanço foi ainda maior, com alta de 2,8% no período
Demanda por crédito entre os consumidores brasileiros sobe 0,6% em 2024
Foto: Maruricio Sumiya / Adobe stock

A demanda por crédito no Brasil subiu 0,6% ao longo de 2024. De acordo com o Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito da Serasa Experian, esse resultado é inferior ao registrado em Minas Gerais, que apresentou uma variação positiva de 2,8% no período.

A economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, explica que, embora esse crescimento na média nacional possa parecer modesto, ele revela uma melhora no sentimento do consumidor quando comparado ao resultado dos últimos dois anos. Afinal, esse foi o primeiro avanço após dois anos de quedas consecutivas.

“Uma avaliação mais positiva da economia, influenciada pela queda do desemprego em 2024, pode ter encorajado os consumidores a assumirem compromissos financeiros”, avalia.

Além disso, ela aponta que a digitalização dos serviços bancários e a ascensão das fintechs facilitaram o acesso ao crédito. Tudo isso permitiu que mais consumidores brasileiros solicitassem empréstimos de forma mais rápida.

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Conforme os dados do indicador de demanda por crédito, o grupo com rendimentos mensais entre R$ 500 e R$ 1.000 foram os que puxaram o maior crescimento na busca por recursos em 2024, com alta de 1%. Por outro lado, a maior retração ocorreu entre aqueles com renda de até R$ 500, com uma variação negativa de 0,2% no ano passado.

A busca por crédito no mês de dezembro do ano passado aumentou 5% frente ao mesmo mês de 2023. A alta foi ilustrada em todas as faixas de renda, com destaque para os consumidores com rendimento superior a R$ 10 mil, que registraram alta de 5,3% no comparativo.

Essa tendência de alta do indicador foi identificada em 22 Unidades Federativas (UFs). Entre os estados brasileiros, o grande destaque foi o Amapá, com uma variação positiva de 13,9% no último ano. Em seguida aparece o estado do Amazonas (11,8%).

Já o Distrito Federal registrou a queda mais acentuada do indicador, com uma retração de 7,8% no período. Além dele, o Rio de Janeiro (-4,6%), a Paraíba (-2,4%), São Paulo (-1,5%) e o estado do Tocantins (-0,9%) também apresentaram recuo ao longo do ano passado.

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