Demanda do setor de obras industriais está em ascensão

O setor de obras industriais tem conseguido dar prosseguimento aos contratos e manter empregos em Minas Gerais, apesar das adversidades geradas pela pandemia da Covid-19. A estimativa é que o segmento feche 2021 com um crescimento médio de 15%, conforme dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).
O vice-presidente da área de Obras Industriais, Ilso Oliveira, aponta que as expectativas são promissoras. No segundo semestre de 2020, em plena pandemia, o setor contabilizava muitos projetos. “Números significativos de projetos firmados, apesar de não contarmos com a falta de insumos. Logo depois, veio o encarecimento dos materiais de construção. Mesmo assim, não houve um enfraquecimento no setor”, afirma Oliveira.
No primeiro semestre deste ano, o segmento teve que reajustar as contas, porém não houve diminuição nas contratações de obras industriais. “Tivemos que fazer um reajuste nas contas devido às altas nos insumos. Via de regra, os contratos de obras são a preços fixos anuais, só existe atualização anual. Ajustamos as condições de trabalho dos nossos funcionários, que antes eram de sete horas e passaram para cinco horas, devido às condições de segurança sanitária. Mesmo assim, estamos colhendo bons resultados”, ressalta,
Otimista, o vice-presidente do Sinduscon-MG acredita em melhora no mercado industrial, mas pondera a respeito da estabilidade de preços dos materiais de construção civil e tributos cobrados dos empresários. “Ainda há de se resolver questões como a normalização dos preços praticados em insumos que afeta diretamente as obras, a questão do controle da pandemia e vacinação completa da população, além de evoluir as oportunidades para os empresários a respeito investimentos, menos burocracia e tributos”, explica.
De acordo com o Sinduscon-MG, apesar da crise sanitária no Brasil, as empresas continuam a investir. “A indústria investe em longo prazo, por isso as empresas não pararam. As idealizações dos retornos levam, em média, de quatro a cinco anos. Por tendência de mercado, é muito importante a expectativa do fim da pandemia, haja a demanda de bens e serviços mais acelerada devido à demanda reprimida”, reforça Oliveira.
Os principais desafios, segundo Oliveira, são superar os desafios que surgiram durante a pandemia. “Superar alguns gargalos, um deles é o restabelecimento dos contratos, a normalidade da política de preços de insumos, inovação tecnológica, a regularidade na parte tributária, na legislação para investir nas empresas”, avalia Ilso Oliveira.
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