Economia

Demanda do setor elétrico impulsiona a oferta de GNL regaseificado da Petrobras

Demanda do setor elétrico impulsiona a oferta de GNL regaseificado da Petrobras
Crédito: Divulgação/Petrobras

São Paulo – A Petrobras registrou no mês passado um recorde histórico na oferta de gás natural liquefeito (GNL) regaseificado no Brasil, ao atingir volume instantâneo de 42 milhões de metros cúbicos por dia em 28 de junho, em meio à forte demanda do insumo para a geração de eletricidade, informou a companhia na sexta-feira (16).

Segundo a estatal, o marco do último dia 28 viabilizou a oferta total de 109,4 milhões de m³/dia de gás natural, “um dos maiores volumes dos últimos anos”, que compreende o gás produzido no País, a parcela recebida pelos terminais de regaseificação e o volume importado da Bolívia.

“O resultado faz parte de um conjunto de iniciativas que a Petrobras vem adotando para aumentar a oferta de gás natural e garantir o suprimento do mercado nacional neste período de demanda elevada”, disse a estatal em nota.

Isso ocorre diante da crise hídrica enfrentada pelo Brasil, que acarreta o acionamento de mais usinas térmicas para a geração de energia. A Petrobras destacou que o movimento teve início no quarto trimestre do ano passado, com o incremento nas operações das termelétricas.

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O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, havia afirmado à Reuters no mês passado que a empresa buscaria esforços adicionais no combate à crise hídrica a pedido da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), incluindo a possibilidade de um aumento na oferta de gás natural.

Em nota divulgada na sexta, a petroleira disse que está comprometida em contribuir ao máximo para garantir o abastecimento de gás ao País em um momento que classificou como “crítico”.

“Além do esforço para aumentar a disponibilidade de gás natural em um cenário de crise hídrica no País, a Petrobras considera a importância da transição energética e investe no gás natural como solução de baixo carbono”, acrescentou a empresa.

Recuo – A produção média de petróleo do Brasil recuou 0,96% em junho frente ao mês anterior, atingindo 2,90 milhões de barris por dia (bpd), na segunda queda mensal consecutiva, mostraram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O bombeamento médio ainda apresentou queda de 3,5% na comparação com igual período do ano passado.

Considerando a produção tanto de petróleo quanto de gás natural, o país registrou média de 3,75 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), ante 3,78 milhões de boed em maio e 3,81 milhões de boed em junho de 2020.

A Petrobras, como concessionária, teve produção média de 2,09 milhões de bpd no mês passado, pouco abaixo dos 2,15 milhões de bpd apurados no mês anterior.

Já a Shell, maior produtora privada de petróleo no país, registrou bombeamento de 471.339 bpd em junho, versus 354.097 bpd em maio, de acordo com a ANP. (Reuters)

Preço médio da gasolina tem alta de 1,45% em julho

São Paulo – O preço médio da gasolina nos postos de combustíveis do Brasil registrou na primeira quinzena de julho alta de 1,45% em comparação com o patamar visto ao final do mês passado, rompendo a barreira dos R$ 6 por litro, indicou levantamento publicado na sexta-feira (16) pela ValeCard.

Segundo a empresa de meios de pagamentos eletrônicos, que atua no segmento de soluções para gestão de frotas, a cotação média do combustível nas bombas do País atingiu R$ 6,01 por litro no período.

A pesquisa tem como base transações realizadas entre os dias 1º e 14 de julho com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 25 mil estabelecimentos credenciados, disse a companhia.

As maiores altas no período, de acordo com a ValeCard, foram registradas nos Estados do Amazonas (+5,57%), Amapá (+4,99%) e Rio Grande do Norte (+4,46%), enquanto Mato Grosso do Sul (+0,56%) e Pará (+0,71%) tiveram as menores variações.

Apesar disso, a empresa destacou em nota que o abastecimento com o etanol em substituição à gasolina é vantajoso apenas em Mato Grosso. O preço médio do litro do biocombustível no País foi de R$ 4,344 na primeira quinzena do mês.

“O método utilizado nesta análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina”, disse a ValeCard, indicando que em Mato Grosso essa relação é de 68%.

Apesar de também depender de impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de etanol, a alta da gasolina ocorre pouco depois de a Petrobras ter elevado o valor do combustível em suas refinarias em 6,3%, em reajuste anunciado no último dia 5.

Além da gasolina, o diesel também tem registrado ganhos nos postos brasileiros. (Reuters)

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