Economia

Demanda por aluguéis cresce em BH

Demanda por aluguéis cresce em BH
Volta às aulas presenciais é o principal motivo apontado pelo levantamento para o aquecimento no mercado de aluguéis | Crédito: Charles Silva Duarte / Arquivo DC

A retomada das aulas presenciais tem estimulado o mercado imobiliário de Belo Horizonte. De acordo com a pesquisa feita pela Netimóveis, rede de imobiliárias com grande participação no mercado nacional, foi verificado crescimento de 25,74% no volume de contratos de aluguéis efetuados em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado.

A alta tem sido puxada pela maior demanda por imóveis perto, principalmente, de universidades. O movimento, que nos últimos anos ficou estável, tem estimulado também o aluguel de imóveis comerciais que desenvolvem atividades para atender a este público. 

Com a retomada das atividades e maior controle da pandemia, a tendência é que o mercado imobiliário na Capital permaneça com bons resultados em 2022. 

De acordo com o diretor da  Netimóveis BH, Fernando Júnior, este início de 2022 tem sido marcado pela alta procura e fechamento de contratos de aluguéis para imóveis residenciais e ainda existe uma demanda reprimida.

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“A procura por imóveis residenciais para aluguel, entre dezembro e fevereiro foi impressionante. Tivemos uma alta de 25,74% em janeiro frente ao mesmo período do ano passado. Percebemos que ainda existe um interesse grande e que está represado. Muitas pessoas já estão com dificuldades de encontrar um imóvel nas regiões próximas às universidades”, explicou.

Em Belo Horizonte, o estudo da Netimóveis mostrou que os bairros com maior procura no período são os próximos às principais universidades, como  Buritis, Coração Eucarístico e Savassi. A procura é maior por apartamentos compactos, de até três quartos. Nestes bairros já existe uma menor oferta de apartamentos com o perfil de estudantes.

Fernando Júnior explica que antes da pandemia a procura pelo aluguel de imóveis, entre dezembro e fevereiro, já vinha apresentando alta diferenciada. 

“Pela nossa percepção e vivência do dia a dia, a demanda neste período vem sendo alavancada pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), onde os estudantes podem escolher, conforme a nota, faculdades em outros estados. Com isso, acabam se mudando e estimulando a locação dos imóveis residenciais”.

Comerciais em alta

Com a maior demanda pelos imóveis residenciais nos bairros universitários, os negócios envolvendo os imóveis comerciais também estão crescendo. Fernando Júnior explica que o movimento é esperado.

“O aumento do número de imóveis alugados é importante e movimenta vários setores da economia, já que as pessoas se mudam e sempre precisam de outros serviços, como pintura, decoração, móveis, entre outros. Além disso, já é perceptível que os empresários e lojistas estão buscando opções de imóveis para atender a esta clientela que circula no ambiente escolar e no entorno. Quando o empresário percebe que a vida está voltando à normalidade e há uma maior movimentação econômica nos locais, ele acaba buscando opções de espaço. Por isso, também estamos percebendo altas na busca pelos imóveis comerciais”.

Apesar da demanda elevada, o diretor da Netimóveis diz que não houve alta nos preços dos aluguéis no mesmo nível da procura e que a maioria dos reajustes seguiu a inflação. 

“O proprietário sabe que não é interessante ficar com um imóvel vazio e se ele aumentar significativamente os valores, as pessoas não terão condições de arcar”.

Em relação ao mercado geral de locação imobiliária, as estimativas são positivas e o setor deve se manter aquecido em 2022. Segundo Fernando Júnior, com a retomada dos trabalhos presenciais e híbridos, todos os setores estão aquecidos, até mesmo os de salas comerciais e andares corridos.

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