Economia

Demanda por temporários está em alta

Asserttem estima que contratações deste tipo de mão de obra vão crescer 15% neste segundo trimestre
Demanda por temporários está em alta
Agronegócio é um dos setores que impulsionam as contratações | Crédito:

A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) divulgou, nesta semana, que as contratações de mão de obra para suprir a demanda relacionada às sazonalidades do mercado de trabalho devem crescer em 15% no 2º trimestre em todo o País, chegando a 635 mil oportunidades abertas.

Em 2021, nesse mesmo período, foram ofertadas mais de 552 mil vagas. Como principal motivo para as projeções positivas, está o abrandamento dos números da pandemia da Covid-19 em relação aos períodos em que se fez necessária a paralisação das atividades para conter a doença.

De acordo com a associação, a modalidade ganhou mais espaço no Brasil justamente entre 2020 e 2021, quando a pandemia teve início e trouxe, aos empresários, inseguranças para manter os trabalhadores em meio ao contexto social instalado. No entanto, a queda dos indicadores não representou recuo na contratação de pessoas em regime temporário. As necessidades de diversos setores nesta época do ano contribuem para as previsões de altas na disponibilização de vagas, conforme aponta o diretor regional da Asserttem, Glaucus Botinha. 

“O que está estimulando o crescimento é que a gente está finalizando um ciclo de incertezas com a Covid-19 e temos setores na economia que estão bastante acelerados. O agronegócio e os serviços já são setores que estão utilizando essa modalidade desde o início da pandemia”, afirma  Botinha. 

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Especificamente sobre o agronegócio, Botinha lembra que o 2º trimestre do ano também é caracterizado pelo processamento de grãos, após os períodos de colheita. Esse movimento impulsionado pelas safras gera, segundo ele, uma demanda extraordinária de trabalhadores temporários. Em setores como o da indústria e o do comércio, por exemplo, ele lembra que a demanda é mais linear, com a produção e comercialização mais definida devido às datas comemorativas.

Em Minas Gerais, o cenário é equiparado ao brasileiro. Isso porque, ainda de acordo com o diretor regional da Asserttem, o Estado tem participação importante nas pautas do agronegócio e também na exportação de minério de ferro e commodities

Expectativas 

Glaucus Botinha explica, ainda, que a associação projeta as contratações em todo o ano com bastante otimismo, mesmo com a volatilidade causada pelas eleições presidenciais previstas para outubro. “Estamos um pouco contidos pelo cenário externo de guerra. Mas o Brasil é um País que está sendo beneficiado pelos percalços, porque somos exportadores de commodities. Há um cenário de incertezas que persiste, mas temos um pouco mais de clareza do que nos últimos dois anos (em referência à pandemia da Covid-19). Agora temos um horizonte maior de previsibilidade”, aponta o diretor regional da Asserttem. 

Esse crescimento, no entanto, não significa uma preferência das empresas na modalidade. O pressuposto da lei é que a substituição seja feita apenas em casos de férias ou demanda complementar, sendo este o responsável pelo maior volume de contratações, conforme explica Botinha.

Nesse sentido, o presidente da Asserttem, Marcos de Abreu, afirmou que a modalidade equaciona dificuldades dos empresários em estabelecer três situações específicas: o tempo de contratação necessário para o suprimento da demanda, situações emergenciais e também quando é necessária a flexibilidade do prazo contratual. 

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