Economia

Preço do aluguel em Belo Horizonte apresenta desaceleração em 2024

Apesar do aumento de 1,48% em relação a março, consumidores encontram descontos maiores e sentem de forma menos intensa a alta dos preços
Preço do aluguel em Belo Horizonte apresenta desaceleração em 2024
Foto: Reprodução/Adobe Stock

Apesar das constantes altas no preço do aluguel em Belo Horizonte, o mercado vem dando indícios de desaceleração desde o início de 2024. Os dados são do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, divulgado nesta semana.

Em comparação com 2023, os consumidores sentem de forma menos intensa o aumento dos preços. Em abril, o preço médio do metro quadrado teve um aumento de 1,48% em relação a março, chegando a R$ 35,50 por metro quadrado. Este o 17º mês consecutivo onde o aluguel não apresenta queda na capital mineira.

Mas, apesar da alta persistente, o índice detectou que o aumento do aluguel em Belo Horizonte de março para abril foi o menor registrado para esse período (que marca o fim da alta temporada) desde 2021.

Além disso, considerando os últimos 12 meses, o aumento de preços atingiu 12,11% – o menor valor registrado desde março de 2022.

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Segundo o especialista em dados do QuintoAndar Pedro Capetti, com aumentos menos expressivos, 2024 vem se consolidando como um ano de desaceleração para o aluguel: “É uma boa notícia para aqueles que procuram alugar um imóvel. Com os preços subindo de forma moderada, as famílias conseguem ter um planejamento maior para alugar o seu imóvel”.

Como alternativa para contornar a alta nos preços, o índice do QuintoAndar ainda acrescenta que os descontos estão ligeiramente maiores. As reduções médias nas transações em abril somaram 3,1%, uma alta de 0,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Mercado de aluguel e venda em Belo Horizonte se prepara para crescimento expressivo

A expectativa de aumento na demanda por imóveis é um ponto alto para o setor imobiliário em 2024. De acordo com uma recente análise da startup imobiliária Loft, com redução da taxa Selic para cerca de 9% ao longo de 2024, conforme indicado em relatório do Banco Central, o mercado se prepara para um crescimento significativo.

A queda na taxa de juros poderá impactar diretamente o poder de compra da população, permitindo assim uma maior movimentação de negociações para venda de imóveis. “Isso ocorre porque os juros mais baixos favorecem a busca por crédito, como os financiamentos imobiliários”, acrescenta a empresa.

A análise também menciona uma previsão de investimento superior a R$ 13 bilhões no programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, que também poderá impulsionar o mercado imobiliário no Brasil.

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