Economia

Desembolsos do BNB para MG recuam 56%

Dentre os desembolsos realizados até setembro de 2022, destacam-se os R$ 425,2 milhões aplicados pelo programa de microcrédito urbano
Desembolsos do BNB para MG recuam 56%
Apesar da baixa, banco elevou recursos para alguns segmentos do Agro, como a agricultura familiar | Crédito: Divulgação

Os desembolsos do Banco do Nordeste do Brasil S.A. (BNB) até setembro somaram R$ 1,78 bilhão para Minas Gerais. O valor é aproximadamente 56% menor que em 2021, quando no mesmo período os investimentos chegaram a cerca de R$ 3,16 bilhões. Dentre os desembolsos realizados nos primeiros nove meses de 2022, destacam-se os R$ 425,2 milhões aplicados pelo Crediamigo – programa de microcrédito urbano do BNB.

O superintendente em exercício do Banco do Nordeste para Minas Gerais e Espírito Santo, Diego Miranda, destaca que, do montante disponibilizado até então pelo BNB, R$ 1,33 bilhão foram com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). O restante veio da própria instituição.

Segundo ele, a expectativa é que, até o fim do ano, os recursos do FNE somem R$ 1,5 bilhão no Estado. “Este ano nós tivemos um orçamento um pouco menor do FNE em relação ao ano passado e, por isso mesmo, o banco determinou que as aplicações fossem direcionadas aos portes prioritários. Em razão do arrefecimento da pandemia e com a retomada da economia, esses setores prioritários demandaram mais recursos e são setores que o banco realmente tem atendido de forma mais efetiva”, disse.

Para a agricultura familiar, houve desembolsos de mais de R$ 301,4 milhões, alta de 16% se comparado ao mesmo período do exercício anterior. Do total, R$ 265,3 milhões foram aplicados pelo programa de microcrédito rural Agroamigo, ou seja, R$ 32,2 milhões a mais que o valor anterior. Já a linha do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) liberou R$ 36,1 milhões. O valor é R$ 12,3 milhões superior ao de 2021.

Outros dois públicos considerados prioritários para o Banco do Nordeste também tiveram desembolsos superiores aos do ano passado. A linha de micro e pequenas empresas (MPEs) recebeu, até setembro, R$ 172,2 milhões. E o pequeno e miniprodutor rural (PMPR), R$ 254,4 milhões.   

Já os desembolsos para os grandes empresários e infraestrutura, que demandam maior volume de recursos, tiveram queda. No caso de infraestrutura, foram direcionados R$ 136,3 milhões, enquanto nos nove primeiros meses de 2021, os desembolsos chegaram a R$ 1,7 bilhão.

“Em razão desse direcionamento e dessa redução em relação aos recursos disponíveis do FNE, o banco deixou de financiar algumas atividades de infraestrutura para poder direcionar os recursos para essas atividades, que, realmente, têm mais impacto na geração de emprego e na retomada da economia”, afirmou Miranda.

“É importante frisar que o banco também não deixou de atender aos segmentos de grande porte e de infraestrutura. Ele apenas direcionou uma parcela maior de recursos neste ano para os segmentos de agricultura familiar, microcrédito urbano, micro e pequena empresa e mini produtor rural, justamente por conta dessa necessidade de aquecimento e da retomada da geração de empregos com a diminuição da pandemia da Covid-19”, completou.

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