Economia

Desembolsos do BNDES para Minas caíram 8,1% até junho

No período, recursos somaram R$ 2,804 bilhões
Desembolsos do BNDES para Minas caíram 8,1% até junho
Cooperação visa a estruturar um fundo para financiar empreendedorismo feminino | Crédito: Nacho Doce /Reuters

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Minas Gerais entre janeiro e junho somaram R$ 2,804 bilhões e caíram 8,1% em relação ao valor liberado pelo banco no mesmo intervalo de 2020 (R$ 3,052 bilhões). Dentre os setores que buscaram pelo crédito, o destaque foi o de infraestrutura, onde os desembolsos representaram 42,1% do total liberado para o Estado, sendo a maior parte dos recursos destinada a projetos de energia elétrica. 

Entre janeiro e junho de 2021, o setor de infraestrutura acessou R$ 1,182 bilhão junto à instituição financeira. Apesar de o setor ser o maior demandador de recursos no período, o volume desembolsado está 16,3% inferior ao registrado no mesmo intervalo de 2020, quando o crédito liberado chegou a R$ 1,411 bilhão. 

No setor de infraestrutura, a maior parte dos recursos do BNDES foi destinada para energia elétrica, com participação de 57% do volume destinado para o setor e um valor de R$ 673 milhões. Na comparação com igual intervalo de 2020, foi registrada queda de 32,3%, já que no período haviam sido liberados R$ 995 milhões para aportes no segmento de energia elétrica.

Para o transporte rodoviário as liberações chegaram a R$ 342 milhões, respondendo por 28,9% dos recursos destinados à infraestrutura. O resultado foi positivo se comparado com o mesmo período do ano anterior, com crescimento de 41,5% sobre os R$ 242 milhões registrados.

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Para as atividades auxiliares de transporte, as liberações somaram R$ 86 milhões entre janeiro e junho de 2021, queda de 26,5% frente a igual intervalo anterior, quando os desembolsos somavam R$ 117 milhões. A demanda dos projetos de construção foi de R$ 30 milhões, alta de 16,3%. Para serviços de utilidade pública houve aprovação de R$ 26 milhões, aumento de 207,8%.

Ao longo do primeiro semestre, as liberações do BNDES para a indústria de Minas Gerais totalizaram R$ 485 milhões, 18,3% menos que os R$ 594 milhões liberados para o setor nos mesmos meses de 2020. Em valor, o parque produtivo respondeu por 17,3% dos financiamentos da instituição em Minas.

A indústria de alimentos e bebidas foi a que demandou maior volume de recursos. Para o segmento foram liberados R$ 245 milhões em empréstimos entre janeiro e junho contra R$ 131 milhões nos mesmos meses de 2020, com alta de 45,1%.

Para a indústria química e petroquímica, ao longo do primeiro semestre, foram liberados R$ 158 milhões, respondendo por 32,5% do total liberado para a indústria. Em relação ao mesmo intervalo de 2020, foi observada queda de 39,6% sobre os R$ 261 milhões desembolsados anteriormente. 

Os desembolsos para a indústria extrativa recuaram 55,8% frente ao primeiro semestre de 2020. A liberação de recursos caiu de R$ 40 milhões, para atuais R$ 18 milhões. Desembolsos menores também para a indústria metalúrgica, 62,2%, com um total de R$ 14 milhões, antes R$ 37 milhões. 

O setor de comércio e serviços de Minas recebeu R$ 640 milhões em empréstimos do BNDES no acumulado até junho sobre R$ 479 milhões em igual período de 2020, com alta de 33,7 %. O segmento respondeu por 22,8% dos empréstimos da instituição no Estado.

As operações de crédito para a agropecuária estadual totalizaram R$ 497 milhões até junho deste ano, um recuo de 12,5% em relação aos R$ 568 milhões registrados em igual período de 2020. O valor desembolsado para o segmento respondeu por 17,7% do total das liberações para Minas.

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