Economia

Dia das Crianças deve girar R$ 2,35 bilhões na Capital

Dia das Crianças deve girar R$ 2,35 bilhões na Capital
A expectativa do comércio é que os gastos com presentes variem de R$ 97,53 a R$ 195,06 na capital mineira | Crédito: Divulgação

O Dia das Crianças deve injetar cerca de R$ 2,35 bilhões na economia da capital mineira. A previsão foi divulgada ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Se a projeção for confirmada, o resultado representará um incremento de 3,07% na comparação com o ano passado, quando totalizou R$ 2,28 bilhões. Além disso, a receita deve ultrapassar em 3,5% o montante apurado em 2019 (R$ 2,27 bilhões), antes da crise sanitária. 

O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, afirmou que o comércio varejista deverá começar a alcançar o patamar pré-crise. “Estamos em uma crescente de datas comemorativas como o Dia das Mães, dos Namorados e Dia dos Pais. Todos esses períodos alcançaram boas vendas. O Dia das Crianças servirá como impulsionador para a Black Friday e o Natal para chegarmos ao patamar antes da crise sanitária”, avalia.

Silva explica que houve uma mudança no perfil de compras do consumidor. Com a pandemia e o comércio não essencial fechado, os empresários adotaram o mundo digital para efetuar as vendas. A modalidade ainda permanece, já que caiu no gosto do consumidor. “As redes sociais são um grande aliado do varejista. Agora, ele consegue oferecer os produtos, negociar com os clientes e até fazer as vendas. Mas os consumidores não deixaram de ir às lojas físicas. Lá (nas lojas) os clientes pegam nas mercadorias, provam os produtos e, em alguns momentos, até compram outros presentes”.

 Na pesquisa da CDL/BH, para 42% dos lojistas de Belo Horizonte as vendas serão melhores do que as registradas no ano passado, quando a data comemorativa foi celebrada com o comércio de rua fechado.  

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Marcelo de Souza e Silva detalha ainda que para chamar a clientela, os empresários estão investindo em várias estratégias. “Além de propagandas, há estratégias nas redes sociais, descontos e negociação com os fornecedores dos produtos para que possam praticar os melhores preços para os consumidores na hora das vendas”, destaca.

Entre os produtos mais procurados, os empresários apostam nos brinquedos como a escolha principal para a data (38,5%). Em seguida aparecem as roupas (28,6%), jogos de tabuleiro (14%), calçados (8,3%) e acessórios (6%). Também se destacam artigos esportivos – como bicicleta e skate (5%). Cosméticos, guloseimas (cesta ou kit de chocolate) e livros empataram com 3,7% cada.

Previsão de gastos

Para os comerciantes, os presentes para os pequeninos podem variar de R$ 97,53 a R$ 195,06. Os empresários ainda preveem que os consumidores devem privilegiar o pagamento à vista Os lojistas acreditam que o pagamento à vista no cartão de crédito será a preferência da maioria dos consumidores (44,7%). Em seguida, aparece a opção de parcelamento no cartão de crédito (32,3%), cartão de débito (14%), transferência eletrônica – Pix, TED e DOC (7%), parcelado no cartão da própria loja (1%), dinheiro (0,7%) e à vista no cartão da loja (0,3%).

Silva avalia que a inflação e a inadimplência preocupam o comércio. “Os números assustam porque os produtos essenciais das famílias estão ficando cada vez mais caros, fazendo com que o orçamento fique apertado. Por outro lado, a pandemia não deixou as famílias se confraternizarem e, por isso, essas datas comemorativas são muito esperadas e celebradas”.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas