Dia das Mães vai injetar R$ 2 bilhões na capital mineira, diz CDL

O Dia das Mães, que neste ano será comemorado no dia 12 de maio, deve injetar R$ 2,19 bilhões na economia de Belo Horizonte.
Esta é a estimativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) para a data, que é considerada a segunda melhor do ano pelo setor de varejo, perdendo apenas para o Natal.
O valor previsto representa um crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, a expectativa de faturamento é a maior desde 2015, quando as vendas contabilizaram R$ 2,12 bilhões.
A pesquisa realizada pela instituição com 151 lojistas da capital mineira mostra que 49,7% esperam vendas melhores para este ano, enquanto 40,4% esperam um volume de vendas igual ao de 2023. O restante (9,9%) acredita que as vendas tendem a cair em relação ao ano passado.
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De acordo com a economista da instituição, Ana Paula Bastos, o Dia das Mães tem um apelo emocional forte que faz com que as pessoas presenteiem. Além disso, ela avalia que o País vive um cenário macroeconômico mais estável, melhor que os anos anteriores.
“Temos uma taxa de desemprego em patamares menores, temos um ganho na renda real, temos maior renda em circulação, a inadimplência está desacelerando, taxas de juros menores. Então, todo esse contexto faz o empresário entender que vai ser melhor”, analisa.
Tíquete médio do presente deve ser maior neste ano
Os lojistas ouvidos pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte acreditam que os consumidores irão comprar dois presentes, com tíquete médio de R$ 198,13, totalizando R$ 396,26.
Isso representa um aumento no tíquete médio de 6% em relação ao ano passado, quando os comerciantes esperavam R$ 186,33.
Ainda na perspectiva dos lojistas, os produtos que devem ter mais saída serão:
- Roupas: 55,6%
- Calçados: 17,9%
- Cosméticos: 13,9%
- Malas e mochilas: 10,6%
- Acessórios: 8,6%
Para atender às demandas para a data, a pesquisa sobre o impacto do Dia das Mães na economia mostra que 20,5% dos lojistas aumentaram o estoque; 70,9% estão mantendo o mesmo volume do ano passado e 8,6% diminuíram.
Ações para atrair os clientes
A decoração das lojas é o recurso que 88,1% dos entrevistados investem para atrair os clientes. Para 73,5% a divulgação dos produtos pode aumentar as vendas. As demais ações para a data, de acordo com a pesquisa da CDL/BH, foram: variedade de produtos (56,3%) e flexibilidade e facilidade de pagamento (51,7%).
“A decoração mostra que você está preparando o ambiente para receber seu cliente. Da mesma forma, você prepara suas redes sociais, sua divulgação. Então, tudo isso cria um ambiente estratégico e que leva ao consumidor lembrar que é preciso comprar, que o Dia das Mães está chegando”, diz Bastos.
Considerando as redes sociais, 38,4% dos comerciantes afirmam que vão usar o Instagram para realizarem suas vendas; 31,4% o WhatsApp e 11,3% o site das lojas. A esmagadora maioria, 98% dos entrevistados, acreditam que as vendas serão feitas pela loja física.
Cartão de crédito deverá ser o meio de pagamento mais comum
Para a maioria dos comerciantes (59,6%), a forma parcelada no cartão de crédito – em no máximo, três vezes –, deverá ser o pagamento mais usado pelos consumidores. Em seguida, aparecem os seguintes meios:
- pagamento à vista no cartão de crédito (25,2%);
- PIX (7,3%);
- à vista no cheque (3,3%);
- parcelado no carnê (2,6%);
- e, por último, no cartão de débito (2%).
A economista da CDL/BH explica ainda que é fundamental os comerciantes oferecerem diversas formas de pagamento aos consumidores para facilitar as vendas. Na análise dela, a ação amplia as possibilidades de vendas: “O consumidor não tem dinheiro em mãos. Está tudo de forma eletrônica. Então, é preciso oferecer as diversas formas possíveis”.
Ela acrescenta que também é válido criar condições especiais para aqueles que optarem por pagar à vista. “Lembrando que nenhuma dessas estratégias deve prejudicar a saúde financeira da loja”, aconselha.
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