Economia

Dia dos Namorados deve injetar R$ 2,17 bilhões na economia de Belo Horizonte

De acordo com levantamento feito pela CDL/BH, mais da metade (59,26%) dos lojistas da capital mineira espera que as vendas de 2025 sejam melhores que as do ano passado
Dia dos Namorados deve injetar R$ 2,17 bilhões na economia de Belo Horizonte
Foto: Diário do Comércio / Dione Alves

As vendas para o Dia dos Namorados devem injetar R$ 2,17 bilhões na economia de Belo Horizonte. De acordo com levantamento feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), esse valor representa um crescimento de 0,45% em relação ao montante movimentado no mesmo período do ano passado (R$ 2,16 bilhões).

Vale ressaltar que as vendas para o Dia dos Namorados vêm apresentando crescimento desde 2011. O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, aponta que o comportamento dos casais de se homenagear nesta data ficou ainda mais forte após a pandemia.

Do ponto de vista econômico, o mercado de trabalho aquecido e a recuperação das atividades econômicas do país têm gerado maior renda em circulação e maior confiança do consumidor. Isso permite que as pessoas fiquem mais dispostas a celebrar as datas comemorativas, pois sabem que terão recurso disponível para isso.

A pesquisa aponta que 59,26% dos comerciantes entrevistados esperam que as vendas do Dia dos Namorados deste ano sejam melhores do que as de 2024. Souza e Silva explica que esse otimismo está relacionado tanto ao apelo emocional que a data carrega quanto ao atual cenário de recuperação econômica.

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“O mercado de trabalho está com números positivos, o que aumenta a confiança e a renda do consumidor. Estes fatores contribuem para o aumento nas vendas”, diz.

Roupas serão o principal presente

Para 46,03% dos lojistas da capital mineira, o consumidor belo-horizontino deverá comprar apenas um presente para a data, enquanto 41,8% acham que serão vendidos dois itens, e 11,11% dos empresários apostam em até três presentes. As roupas deverão ser os itens mais vendidos, segundo 39,15% dos comerciantes. Outros destaques são:

  • acessórios como joias, bijuterias, relógios, óculos de sol (11,11%);
  • cosméticos (8,47%);
  • flores (3,7%);
  • eletrônicos (3,17%);
  • cesta de café da manhã ou cesta com quitutes (2,65%);
  • cestas de bombons ou chocolates (2,12%);
  • malas/mochilas (0,53%);
  • viagens (0,53%);
  • material esportivo (0,53%).

Já o tíquete médio dos presentes, na visão de 66,14% dos respondentes, deve ser de até R$ 200. A forma de pagamento predominante será a parcelada, em até três vezes no cartão de crédito, de acordo com 64,55% dos lojistas. As outras formas de pagamento citadas são: à vista no cartão de crédito (21,69%), Pix (9,52%), cartão de débito (3,7%) e parcelamento no carnê ou crediário (0,53%).

Investimento em marketing e divulgação dos produtos

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Foto: Diário do Comércio/Arquivo/Alessandro Carvalho

Para alavancar as vendas no Dia dos Namorados, 43,92% dos empresários entrevistados pretendem investir em marketing e na divulgação dos produtos. Isso demonstra que os lojistas da Capital entendem a importância de adaptar e inovar em um mercado cada vez mais competitivo, segundo o presidente da CDL/BH.

“Investir em marketing e divulgação não é mais um diferencial, é uma necessidade para quem busca se destacar e conquistar o consumidor”, afirma.

Segundo ele, o marketing está, cada vez mais, inserido na rotina dos lojistas, principalmente, após a pandemia. “Eles compreenderam o quanto essa prática é importante para impactar os consumidores e gerar vendas”, relata.

O presidente da CDL/BH destaca que ações de divulgação bem planejadas tendem a aumentar a visibilidade da loja e atrair novos clientes. “Além disso, o marketing digital, por exemplo, permite alcançar um público mais amplo, gerar engajamento nas redes sociais e influenciar a decisão de compra mesmo fora do ambiente físico”, completa.

De acordo com o dirigente, ao fortalecer a marca e criar experiências que conectam com o consumidor, o lojista não apenas potencializa as vendas na data comemorativa, mas também fideliza clientes para o longo prazo.

Outra estratégia que será muito utilizada para aumentar as vendas no período são as promoções, mencionadas por 27,51% dos respondentes. Além desta iniciativa, outros pontos que podem ajudar a obter melhores resultados são:

  • variedade de produtos (6,87%);
  • melhora no cenário econômico e no poder de compra (6,35%);
  • atendimento qualificado (4,23%);
  • mudança de governo (3,7%);
  • flexibilidade na forma de pagamento (2,65%);
  • aumento no fluxo de clientes (2,65%).

Cartazes, decoração temática e redes sociais

Para 34,73% dos lojistas de Belo Horizonte, a divulgação dos produtos por meio de cartazes, faixas na vitrine e redes sociais serão as principiais estratégias dos lojistas para atrair e fidelizar os clientes. Já a decoração da loja será adotada por 21,21% dos comerciantes.

Em seguida estão a variedade de produtos (17,18%), flexibilidade ou facilidade de pagamento (14,99%), venda on-line (8,04%), descontos (2,01%), aprimorar o atendimento (0,73%), promoção (0,55%), e panfletos (0,18%).

Concorrência com o e-commerce e a informalidade

Por outro lado, a concorrência com e-commerce e com a informalidade foi apontada por 25,4% como o principal fator que poderá prejudicar as vendas para o Dia dos Namorados. O aumento do preço dos produtos (20,11%) e a falta de agilidade e cordialidade no atendimento (13,23%) aparecem em seguida.

Souza e Silva explica que o e-commerce e a informalidade tendem a oferecer vantagens percebidas pelos consumidores, especialmente em termos de preço e conveniência. Enquanto o comércio eletrônico permite a aquisição de produtos com maior facilidade e variedade, enquanto a informalidade pratica preços mais baixos por não arcar com os mesmos encargos legais que os lojistas formais.

“Isso cria um ambiente competitivo desigual, pressionando as margens dos varejistas estabelecidos e dificultando a atração de clientes, principalmente em um cenário em que o consumidor está mais atento aos preços e buscando economia”, esclarece.

Outros pontos destacados na pesquisa como negativos são:

  • cenário econômico e político (9,52%);
  • diminuição da renda dos trabalhadores (7,41%);
  • clima – chuva e queda na temperatura (4,76%);
  • inadimplência (4,23%);
  • feriados (3,7%);
  • baixo fluxo de clientes (3,7%);
  • falta de divulgação e marketing (3,7%);
  • desemprego (2,65%)
  • outros fatores (1,59%).

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