Dia dos Pais deve movimentar R$ 1,76 bilhão em Belo Horizonte

O Dia dos Pais deve injetar R$ 1,76 bilhão na economia de Belo Horizonte neste ano. O montante representa um acréscimo de 1,59% nas vendas (cerca de R$ 30 milhões) em relação à data no ano passado, quando o valor foi de R$ 1,73 bilhão. Os dados são da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), que entrevistou comerciantes da Capital sobre as expectativas de vendas para 2025.
Entretanto, quando perguntados se as vendas serão melhores, piores ou iguais, a maioria dos comerciantes (51%) disse que seriam iguais ou piores. Já a outra parcela (49%) acredita que as vendas serão melhores que as do ano passado, índice que o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, considera significativo diante do atual cenário econômico.
“Nesse momento de juros mais altos, tentativas de diminuir a inadimplência e a questão da taxação dos 50% do Trump, os empresários se assustam. As informações chegam truncadas e o comerciante pensa nisso também”, afirma.
Apesar do cenário incerto, os lojistas acreditam que mães e filhos devem gastar cerca de R$ 250 por presente, valor 30% maior que o do ano passado, quando a aposta era de um tíquete médio de R$ 190. O otimismo um pouco maior este ano é atribuído ao aumento da renda do consumidor. “Estamos assistindo a um aumento na renda das pessoas, e é isso que está trazendo esse consumo mais qualificado. Com uma renda melhor, as pessoas conseguem comprar um presente melhor”, diz o presidente da CDL/BH.
Aos consumidores ele orienta que é importante pesquisar os preços e optar pelo pagamento à vista. “Essa é a melhor forma de pagamento para não se criar nenhuma dívida e ainda dá para negociar com o lojista. Outra opção é comprar no cartão de crédito, com parcelas que caibam no orçamento”, afirma.
Contudo, de acordo com a pesquisa, a forma de pagamento que os vendedores mais esperam receber é o crédito parcelado (57,7%), sendo que desses, 25,22% esperam um parcelamento de três vezes e 22,61%, em dez parcelas. As demais modalidades citadas são o pagamento à vista no crédito (27%), Pix (14%) e débito (1,5%).
Ainda conforme o estudo realizado pela instituição, para que o resultado de crescimento esperado seja realmente positivo, 74,5% dos comerciantes vão investir em propaganda, apostando em estratégias tanto nas lojas físicas quanto nas digitais.
Para isso, a ação preferida pela maioria (91%) dos entrevistados é a divulgação em mídias sociais como WhatsApp e Instagram. Já a decoração temática da loja será feita por 76,5% dos lojistas, ações no site da empresa, por 20% dos comerciantes, divulgação no Facebook, por 3%, enquanto apenas 1% vai investir no TikTok. A campanha boca a boca ainda é a aposta de 42,5% dos lojistas.
Vendas físicas são as mais populares entre os consumidores
Marcelo Souza e Silva explica que é uma característica do consumidor belo-horizontino pesquisar determinado produto pela internet ou nas redes sociais, mas “fechar o negócio presencialmente”. E a pesquisa da CDL confirma que a venda física ainda é o canal que os comerciantes (98%) acreditam ser o mais utilizado pelos consumidores. Mas o WhatsApp (83%), o Instagram (60%) e o site próprio da empresa (29%) também ocupam papel importante.
Segundo o dirigente, é nessa hora que os lojistas precisam estar com suas equipes bem treinadas e aproveitar a oportunidade para acrescentar algum item às vendas e fidelizar ainda mais o consumidor. “Esta é uma grande oportunidade para o lojista que tem sua equipe treinada para receber o cliente de maneira diferenciada, de forma que consiga agregar mais algum produto à venda e fidelizá-lo para vendas futuras”, recomenda.
Roupa é o item que deve vender mais
A pesquisa também abordou os itens que os comerciantes acreditam que serão mais vendidos, e as roupas devem ser os itens mais procurados. Veja a lista completa:
- roupas: 32%;
- acessórios (relógios, joias, óculos): 15%;
- cosméticos: 11,5%;
- canecas, copos térmicos e garrafas: 11,5%;
- calçados (10,5%).
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