Economia

Dia dos Pais poderá injetar R$ 1,71 bi na economia de BH

Dia dos Pais poderá injetar R$ 1,71 bi na economia de BH
Crédito: Pexels

O Dia dos Pais de 2021 deve deixar mais robusta a economia da capital mineira. Pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de  Belo Horizonte (CDL/BH) revelou que existe a expectativa de que o volume de vendas neste ano aumente 1,76% em relação ao mesmo período de 2020, injetando R$1,71 bilhão na economia da cidade.

O otimismo, segundo o presidente da CDL/ BH, Marcelo de Souza e Silva, se justifica pelo crescimento progressivo de vendas em datas como o Dia das Mães e Dia de Namorados, pela aceleração do ritmo das vacinas e pelo retorno de outros tipos de atividades produtivas.

“Com o retorno dos alunos às escolas, a reabertura das academias e a volta dos eventos, as pessoas tendem a dar vazão à demanda reprimida, comprando itens que não estavam usando no momento de restrição da maioria dessas atividades.” observou.

A pesquisa, que foi realizada pela instituição entre os últimos dias  05 e 13 de julho, fundamentou-se em entrevistas feitas com 301 lojistas de Belo Horizonte. Pelo menos 50,1% dos entrevistados revelaram acreditar que irão vender mais este ano. Desse total, 28,9% pretendem investir no aumento do estoque, enquanto  39,5% disseram que deverão  manter o mesmo volume do ano passado.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Mais caros

Ainda conforme o estudo, existe a expectativa de que os consumidores comprem presentes na faixa de R$123,31, valor 1,76% maior que o registrado no mesmo período de 2020.

“É uma data muito importante, mas a maioria dos lojistas acredita que os pais recebam um único presente. Mas há sempre, no entanto, aquele filho que compra uma calça e vê um cinto e acaba comprando dois presentes. Mas a expectativa é que a maioria compre um produto só”, afirmou

Acessórios

A pesquisa feita pela CDL revelou que os acessórios serão os presentes mais comuns neste Dia dos Pais, com 23,9% de intenção de vendas. As roupas devem ser o segundo produto preferido pelos filhos com 21,3%  de procura, seguidos por ítens de decoração que alcançam 15,6%, e em quarto lugar devem ser comprados utensílios domésticos como canecas personalizadas e taças, com 13,6% 

Entre os artigos que lideram a expectativa de venda, os acessórios estão entre os mais caros, com preço médio de R$133,80, seguidos pelas roupas, com valor médio de R$ 103,52, e itens  de decoração, com preços médios de R$ 72,54. 

Os calçados e os cosméticos estão empatados com 12,3% cada. Segundo o presidente da CDL, o mercado de cosméticos percebeu o potencial de vendas deste segmento e aumentou a oferta de produtos.

“Hoje há cremes, para mãos e olhos, protetores solares, perfumes. Os homens perceberam que também merecem se cuidar”, disse.

Lanterna

Os itens eletrônicos, que já estiveram à frente no ranking em outros anos, desta vez assumiram a lanterna das intenções de compra atingindo 2,3 % do  índice de intenção de compras.

A pesquisa revelou que a maioria, ou seja, 66,8% dos consumidores devem optar por pagar à vista.  “As pessoas estão evitando se endividar”, afirmou.

Retomada do faturamento pré-pandemia pode ser alcançado no final de 2021

Apesar de comemorar os dados aferidos pela pesquisa, Silva admitiu que os empresários ainda estão cautelosos em relação ao cenário atual econômico. Eles acreditam que a retomada do nível de faturamento pré-pandemia só será alcançada no final do ano.

“Boa parte dos lojistas acredita que só quando pelo menos 60% da população estiver imunizada , o que deve acontecer até o final do ano, retomaremos aos níveis de venda pré-pandemia . Mas vamos crescer neste segundo semestre”, afirmou.

Vendas presenciais

O nível de fluxo de clientes nas lojas físicas, segundo Silva, está crescendo progressivamente. “Embora 69,8% dos lojistas continuem investindo nas vendas e na apresentação de produtos pelo Instagram, já no Dia dos Namorados constatamos que a maioria das compras foi feita nas lojas físicas”, disse. 

De acordo com o presidente da CDL, o e-commerce deixa os consumidores mais assertivos.“Eles pesquisam os produtos que querem comprar pelo Instagram, mas procuram a loja física para ver o produto de perto. Muita gente gosta de colocar um cartãozinho junto do embrulho, de ver como funciona etc”, afirmou.

Bairros

Embora não tenha estatísticas específicas sobre o crescimento das vendas das lojas localizadas nos bairros, para Silva, a pandemia provocou uma modificação profunda na forma de atendimento ao consumidor, fazendo com que as vendas neste nicho aumentassem.

“Antes da pandemia, muitos lojistas atendiam um cliente há anos e sequer sabiam o nome dele. Com o isolamento, perceberam que deviam inovar. Investiram na reforma, passaram a conversar mais, a se aproximarem da clientela que, ainda sem a vacinação, passou a preferir fazer suas compras perto de casa”, afirmou.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas