Dia dos Namorados impulsiona fluxo e vendas do varejo no Brasil

O mês de junho trouxe resultados positivos para o varejo brasileiro. Impulsionado pelo Dia dos Namorados, o fluxo de visitação nas lojas de shopping aumentou 10%, enquanto as lojas de rua registraram um crescimento de 6% em relação ao mês anterior – período que já havia sido impactado devido ao efeito sazonal do “Dia das Mães”.
Já na comparação com junho de 2023, a única exceção aconteceu nas lojas físicas de rua, que apresentaram queda de 2% no período, enquanto aquelas situadas dentro dos shopping centers, cresceram 3% em fluxo. O faturamento geral subiu 9%, com destaque para a região Sul, que liderou o crescimento tanto em visitas quanto em vendas.
Os dados são parte do Índice de Performance do Varejo (IPV), pesquisa organizada pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
Dia dos Namorados
O Dia dos Namorados de 2024 registrou aumento de 12% no fluxo de consumidores em lojas físicas e de 8% em shopping centers na comparação com 2023. As vendas e o faturamento também tiveram performance melhor do que no ano anterior, ambos com crescimento de 4% e 16%, respectivamente.
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E na comparação do evento dentro do próprio mês de junho deste ano, o resultado não foi diferente: lojas de malls tiveram crescimento de 6%, enquanto as situadas na rua registraram alta de 10,5% em relação à semana anterior ao evento. Houve ainda uma correlação positiva entre fluxo de visitas, vendas e faturamento: as lojas de rua, por exemplo, tiveram alta de 56% no faturamento no mesmo período comparativo.
“Esse movimento pode indicar que os varejistas estão se preparando mais para aproveitar as datas comemorativas. Apesar da concorrência do varejo on-line, o fluxo de visitantes nas lojas físicas aumentou 2% no mês, com destaque para um crescimento de 10% nos shoppings e 6% nas lojas de rua, na comparação com maio. A disponibilidade imediata dos produtos pode ter estimulado esse crescimento, especialmente para as compras de última hora. O cenário segue positivo, com boas expectativas para o Dia dos Pais”, afirma Henrique Carbonell, CEO da F360, plataforma de gestão financeira responsável por originar os dados de vendas e faturamento do índice.
No que diz respeito ao faturamento, o Brasil registrou aumento de 9% em relação a junho de 2023. Regionalmente, o Sul se destacou tanto em fluxo quanto em volume financeiro. E apesar do faturamento ter sido 10% maior nas lojas de rua no período, o fluxo nestes estabelecimentos caiu 2%. Porém, o crescimento de 7%, no tíquete médio, exclusivamente neste tipo de loja, pode explicar esse fenômeno.
Lojas físicas têm bons resultados
Regionalmente, o fluxo de visitação em lojas físicas mostrou-se positivo em todas as regiões do Brasil, com exceção do Nordeste (-3%). Destacando-se, a região Sul, com aumento de 13% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Crescimento que não foi diferente para faturamento e vendas, registrando 18% e 14%, respectivamente.
Ambos indicadores tiveram alta em todos os segmentos analisados na comparação com 2023. Com destaque para “Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos”, cujo fluxo cresceu significativamente, sendo 51% maior do que no ano passado, com desempenho destacado, muito atrelado à categoria ser diretamente relacionada na escolha de presenteáveis no Dia dos Namorados.
“De modo geral, o varejo restrito manteve crescimento pelo quinto mês consecutivo, segundo a PMC, alcançando um desempenho além das expectativas do mercado. Esse avanço reflete o fortalecimento do consumo das famílias, sustentado por um mercado de trabalho aquecido e aumento da renda. Setores como hiper e supermercados, além de tecidos e vestuários, mostraram performance robusta, beneficiados por esses fatores econômicos positivos. Por outro lado, segmentos mais sensíveis ao crédito, enfrentaram dificuldades, impactados por taxas de juros ainda elevadas. No varejo ampliado, embora tenha havido crescimento, alguns setores foram prejudicados por condições climáticas adversas e um ambiente econômico que ainda não favorece grandes investimentos, demonstrando a complexidade do cenário atual”, comenta Eduardo Terra, Presidente da SBVC e Sócio da HiPartners.
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