Economia

Direcional prevê alta das vendas no 2º tri

Direcional prevê alta das vendas no 2º tri
CRÉDITO: ALISSON J. SILVA/Arquivo DC

São Paulo – A Direcional Engenharia, que tem foco no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários populares e de médio padrão, deve registrar mais um trimestre com forte desempenho de vendas, após começar o ano com números recordes.

“A resiliência que a gente percebeu no primeiro trimestre tem se mantido no segundo trimestre, tanto no segmento do Casa Verde Amarela quanto no segmento de atuação da Riva”, afirmou à Reuters o presidente-executivo da companhia, Ricardo Ribeiro.

O Casa Verde Amarela é o programa habitacional do governo federal que substituiu no começo deste ano o Minha casa, minha vida. A Riva é uma controlada da Direcional com foco em empreendimentos para o segmento de média renda.

“A gente tem percebido uma continuidade sim na demanda bem forte”, disse Ribeiro.

De janeiro a março, as vendas líquidas da Direcional saltaram 73%, para R$ 515 milhões, no melhor resultado para um primeiro trimestre na história da empresa. As vendas da Riva dispararam 141%, respondendo por 24% do total do grupo.

Para o executivo, tal desempenho reflete uma demanda estoica do programa habitacional do governo, onde tem presença relevante, mas também ao ambiente de juros baixos no País, que se refletem em um custo mais acessível do crédito imobiliário.

Os prognósticos de uma alta da taxa básica de juros Selic neste ano, dado o ambiente de maior inflação no País, ainda não preocupam a companhia.

Ele estimou que se a taxa efetivamente chegar aos patamares estimados pelos economistas no mercado, na faixa de 6,5%, pode haver algum reflexo no custo do crédito imobiliário, mas não seria algo que possa atrapalhar o desempenho do segmento.

“Ainda é um ambiente que é bastante saudável para o setor imobiliário”, afirmou, ressaltando que em termos reais essa taxa seria ainda menor, dando toda a condição de o setor apresentar um desempenho positivo.

O executivo ressaltou, porém, que é preciso acompanhar o comportamento da curva longa de juros diante dos aumentos da Selic, dado o prazo mais longo dos financiamentos imobiliários.

Selic – O Banco Central promoveu neste mês a terceira alta seguida de 0,75 ponto percentual na Selic, para 4,25%, e sinalizou sequência ao aperto monetário, com analistas vendo a chance de ele acelerar o ritmo para 1 ponto percentual.

Até o momento, contudo, Ribeiro afirmou que a elevação recente da Selic não se materializou em um aumento relevante no custo do crédito imobiliário e que tem percebido um apetite muito grande dos bancos por esse tipo de financiamento.

“Por mais que possa haver um incremento, a gente não está vendo nesse momento um incremento super expressivo e continua tendo uma perspectiva positiva para esse segmento fora do Casa Verde e Amarela”, disse, referindo-se à área de atuação da Riva.

No Casa Verde e Amarela, o crédito não está diretamente ligado à Selic ou às taxas de juros de longo prazo, mas a percentuais do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pré-determinados. (Reuters)

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